EDITORIAL



A Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dos Estados Unidos deu dois meses aos fabricantes de dispositivos eletrônicos de fumar para que adotem medidas para evitar que menores comprem esses produtos. Do contrário, ameaça proibir sua venda.  Até o momento, foram registradas 26 mortes em vários estados americanos relacionadas ao uso desses dispositivos e, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC), há em torno de 1300 casos prováveis de lesão pulmonar em 49 estados e nas Ilhas Virgens.

No Brasil, os dispositivos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, por falta de dados científicos que comprovem a eficiência, a eficácia e a segurança no uso e manuseio de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar. A Anvisa também está monitorando hospitais sobre notificações a respeito de doenças ligadas ao uso de cigarros eletrônicos. O pedido foi enviado a 252 instituições que compõem a chamada Rede Sentinela e que notificam com frequência problemas e eventos adversos relacionados à saúde. O mesmo pedido foi feito ao Conselho Federal de Medicina (CFM), no sentido de que os médicos estejam atentos e relatem quaisquer suspeitas. O objetivo é prevenir uma crise de saúde.

Apesar dos vários riscos à saúde, as empresas fabricantes continuam investindo e fazendo pressão para colocar seus produtos no mercado, inclusive no Brasil. Em setembro, a proposta de reunificação dos grupos Altria e Philip Morris foi encerrada (ou postergada), após a divulgação dos casos de intoxicação. O fato é que a nova empresa teria um valor de aproximadamente 200 bilhões de dólares. Evidentemente, não deixaria de investir pesado na área de marketing para expansão de seu mercado.

A epidemiologista Liz Almeida, do Instituto Nacional de Câncer, vem estudando os dispositivos há alguns anos e conversou com o Boletim da ACT sobre as estratégias usadas para espalhar os produtos por todos os continentes, mostrando que não há diferenças entre empresas de produtos tradicionais e de dispositivos eletrônicos. A meta é vender cigarros e conquistar mercados.

Em 16 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Alimentação e, no dia seguinte, haverá uma audiência pública para tratar do tema, aproveitando as comemorações do Dia das Crianças.

A ACT acredita que a escola exerce papel importante para a formação de hábitos alimentares mais saudáveis, sendo, portanto, dever do Estado protegê-los em relação à saúde e à alimentação.  Por isso, apoia o projeto de lei 1755/2007, que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de educação básica. Assim, estamos lançando a campanha Escola Sem Refrigerante, acreditando que o ambiente escolar deve gerar escolhas saudáveis.

No Brasil mais da metade da população tem excesso de peso (56,9%), de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, o que equivale a cerca de 82 milhões de pessoas com 18 anos ou mais, e a obesidade já atinge mais de 20% da população. Estimativas de estudo da Universidade de São Paulo indicam que os custos relacionados à obesidade no Brasil eram de US$ 5,8 bilhões em 2010, podendo chegar a US$ 10 bilhões em 2050, se algumas medidas não sejam tomadas de imediato. No caso da diabetes, os custos, em 2016, chegaram a US$2 bilhões, com potencial de atingir US$5 bilhões em 2030.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a ingestão do açúcar não deve exceder 5% do valor diário de calorias, sendo aceitável um consumo de até 10%. Os dados do IBGE, entretanto, mostram que o consumo de açúcar na população brasileira a partir de 10 anos está em 17%, quase o dobro do recomendado. Não à toa, 1/3 das crianças está com excesso de peso.

Boa leitura,

Anna Monteiro

Diretora de Comunicação




ENTREVISTA COM LIZ ALMEIDA



Liz Almeida, médica epidemiologista da Divisão da Pesquisa Populacional do INCA

A sra. vem acompanhando a comercialização de novos produtos para fumar. Por que assistimos ao surgimento desses novos produtos, agora que os conhecimentos sobre os riscos do fumo são tão altos?

No combate ao tabagismo, a Organização Mundial da Saúde, através da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, vem cerceando a indústria do tabaco, dado que ela não tem mais nenhuma argumentação para se defender dos malefícios à saúde, ao meio ambiente, à economia e tudo mais.

A saída da indústria do cigarro foi tentar desenvolver produtos que pelo menos fizessem menos dano, já que não têm como não fazer dano, dado que a nicotina é uma substância psicoativa, desenvolve dependência e tudo mais.

Como foram desenvolvidos esses novos produtos?

A indústria do cigarro já vinha investindo em alguns produtos. Um exemplo é o Iqos, o cigarro aquecido desenvolvido pela Philip Morris. Em 2003, um farmacêutico chinês, chamado Hon Lik, que trabalhava com pesquisas médicas, teve um sonho. Esse chinês tinha acabado de perder o pai dele, por câncer de pulmão. Era fumante de um maço de cigarro por dia e estava muito impressionado, muito assustado e uma noite ele sonhou que estava se afogando numa onda gigante e no meio do sonho a onda gigante virou uma nuvem de vapor.

Ele acordou e escreveu essa ideia no papel e, de manhã cedo, propôs ao médico inventarem um aparelho, de forma que a nicotina, em vez de ser fumada, fosse vaporada. Aquilo seria aquecido e se transformaria em vapor. Com isso, eliminaria uma série de substâncias que vêm justamente da queima do cigarro. Entretanto, ele não patenteou a ideia.

Aí, vamos para quatro décadas antes, nos Estados Unidos, e para a história de que um americano, Herbert Gilbert, teria inventado o primeiro cigarro eletrônico, em três formatos: cigarro, charuto e cachimbo eletrônico, mas que não era muito viável comercialmente e foi deixado de lado.

Então, voltamos a 2003, na China que hoje é um polo de eletroeletrônicos, onde fazer um aparelho eletrônico é uma brincadeira. Então, esse americano inventou um aparelho eletrônico e, em 2004, conseguiu patentear e começou a vender.

Em pouquíssimo tempo, milhares de fabriquetas de fundo de quintal na China começaram também a fazer variações desse produto. Em pouco tempo, tinham mais de 200 empresas fazendo cigarro eletrônico.

E o produto ganha o mundo.

Isso, chega a Austrália e Ásia e, em 2006, à Europa. Começa a fica muito popular a partir do momento em que o ator Johnny Depp faz o filme O Turista, em que usa o cigarro eletrônico dentro de um trem e diz para a pessoa que está em sua frente: “Olhe não se preocupe, não. Não estou fumando cigarro comum, não, estou fumando cigarro eletrônico”. E pega o cigarro e encosta no braço para mostrar que não queima.

No dia seguinte, todo mundo queria saber o que que era aquilo.

Ou seja, continuaram usando a mesma estratégia dos cigarros convencionais, de usar o glamour e estrelas de cinema e TV para difundir os novos produtos?

Isso, mais uma vez, através das mesmas estratégias, usando artistas. No dia seguinte, tinham várias celebridades utilizando esse produto, mas os produtos vinham da China sem nenhum tipo de regulamentação. Ninguém controlava como era a qualidade desses produtos e eles não eram bivolts, eram univolt, explodiam na voltagem errada, derramavam o líquido, estouravam na boca das pessoas, provocavam princípios de incêndio nas casas.

Uma vez, uma moça estava dirigindo o carro e colocou para recarregar na entrada USB do carro e colocou o bebê atrás, o aparelho explodiu, foi em cima do bebê. O fato deixou muito claro que era um mercado completamente desregulado.

Os produtos foram aprimorados, nesses mais de dez anos?

De 2006 para 2019, é logico que os fabricantes tiveram tempo de aprimorar esses aparelhos e uma das coisas que perceberam foi que era melhor não parecer com cigarro, com charuto, com cachimbo, porque as pessoas reagiam a esses produtos.

Então eles começaram a fazer em outros formatos, de caneta, tanquezinho, uma criatividade imensa, em formato de vidros de perfume, arma, bombinha para asma. Para as meninas, têm uma roupa que tem um cordão no capuz, que é um cigarro eletrônico. Ela fuma e o resto do aparelho fica guardado no bolso.

Sempre usaram muitos aditivos e aromas?

Uma mistura de nicotina com aromas que são colocados, e têm todos os sabores para atender qualquer tipo de cliente. É possível encontrar desde o gosto do próprio cigarro a sabores de menta com hortelã, chocolate com menta, além formatos de frutas, para quem gosta de frutas. Para quem é mais radical, tem sabor granola com mel, ou de uísque. Foi um mercado que explodiu.

Os fabricantes vieram, com o tempo, aprimorando também os aparelhos, certo? Hoje temos uma gama de dispositivos eletrônicos de fumar.

Sim, no começo era um aparelho que dava trabalho, porque tem que colocar e retirar o liquido, limpar igual a um cachimbo comum, que também dá trabalho.

Recentemente, foi criado um novo tipo de e-cigar, o famoso Juul, que parece um pen-drive. E, assim como um pen-drive, entrou nas escolas de uma forma impressionante. E é muito simples, porque não precisa preparar nada. É só um cartuchinho que se compra e joga o outro fora, coloca no dispositivo como se fosse um pen-drive. E quem é que vai desconfiar que as crianças estão com pen-drive na mochila e que aquilo não é um pen-drive de verdade e, sim, um cigarro eletrônico?

Isso daí se disseminou com uma velocidade gigantesca entre os escolares americanos e hoje é uma epidemia nos Estados Unidos.

É uma epidemia controlável?

É uma epidemia incontrolável, eles não estão mais conseguindo controlar e como você vai fazer? Vai abrir a mochila de todos os alunos que chegam na escola para verificar se o pen-drive que eles têm na mochila é um pen-drive de verdade? Enfim, criou-se uma situação muito difícil.

Como está aqui no Brasil?

Hoje no Brasil a gente está tentando evitar que esse tipo de produto entre. Mas a argumentação de quem defende esse produto é de que ele faz menos mal do que o cigarro comum e ajuda os fumantes a pararem de fumar.

Existem estudos dizendo que esses dispositivos podem ajudar alguns fumantes a pararem de fumar mas, de um forma geral, acabam provocando um outro tipo de epidemia entre os jovens. Então, colocando na balança, é mais grave você iniciar os jovens na dependência de nicotina do que continuar utilizando métodos e medicamentos já conhecidos, que são bons relativamente para tratar o tabagismo. Essas são algumas das questões que hoje envolvem a indústria tradicional do cigarro, que passou 10 anos observando esse mercado.

A indústria do tabaco está apostando nos dispositivos eletrônicos, como uma alternativa viável para seu negócio?

Primeiro ela não acreditou que isso eles iriam pegar. Acharam que era um modismo. Dez anos depois, o lucro da indústria do cigarro eletrônico tinha subido exponencialmente e, por isso, a indústria tradicional começou a comprar o cigarro eletrônico. As empresas monitoraram quais eram as fábricas que estavam vendendo mais, compraram as principais e, em pouco tempo, já tinham 50% do mercado.

A fabricante de Juul, por exemplo, foi um dos últimos que ela conseguiu comprar. Então, atualmente, podemos ver como um negócio só. Hoje não existe cigarro comum e cigarro eletrônico, existe um negócio e a indústria agora tem produtos para oferecer para todos os gostos.

Então esse é o novo desafio que a gente tem pela frente no mundo.



QUEM DECIDE?



Quem decide o que seu filho come? O sistema,  a publicidade infantil, a escola, a indústria, a falta de tempo? Quem é, afinal, que tem esse poder de decisão? Essas foram questões levantadas no encontro intitulado “Quem decide o que seu filho come?”, organizado em parceira entre a ACT Promoção da Saúde, a Aliança pela Alimentação Saudável e o Movimento Infância Livre de Consumismo (Milc), que aconteceu em 14 e 21 de setembro, no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente.

O encontro, destinado a influenciadores parentais, abordou temas relacionados ao universo infantil e a publicidade de alimentos, o marketing infantil, o consumo de produtos ultraprocessados e como lidar com a alimentação dos filhos nos tempos atuais.

No Rio, o pediatra Daniel Becker foi um dos palestrantes, em uma mesa ao lado de Paula Johns, diretora da ACT. Já em São Paulo, o evento contou com a participação da jornalista e agricultora urbana Claudia Visoni e da educadora Fabíolla Duarte, criadora do "Colher de Pau", e de Ana Paula Bortoletto, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. A publicitária Nádia Rebouças também deu uma palestra nos eventos das duas cidades.

Além do debate, foram realizadas Tendas da Rotulagem e da Felicidade, ambas protagonizadas por crianças e jovens – orientados previamente pela equipe da ACT e da Aliança.



ACT NO PLANTE RIO



A ACT e a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável participaram do evento "Plante Rio", realizado em 28 de setembro, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. A diretora geral da ACT, Paula Johns, foi uma das convidadas do seminário "Ideias e ações para adiar o fim do mundo", que contou com o professor Marcos Sorrentino, da Universidade de São Paulo, Mônica Guerra, do movimento Comida do Amanhã, e Gustavo Martinelli, do Jardim Botânico, do Rio.

Além do seminário, houve uma roda de conversa sobre ativismo, com a participação do jornalista Moriti Neto, de O Joio e o Trigo, além da exposição de fotos do projeto Joio no Rótulo. Parte da equipe da ACT esteve à frente das Tendas da Felicidade e da Rotulagem. O evento teve uma ampla programação da manhã até a noite, incluindo oficinas, feira de pequenos produtores e a inauguração do primeiro Jardim de Chuva do Rio de Janeiro.



OFICINA SOBRE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR



O Núcleo RJ da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável organizou oficina, no último dia 20, com o objetivo de discutir os principais avanços e desafios da alimentação escolar no estado e analisar os projetos de lei que tramitam na Assembleia Legislativa acerca do tema. Entre os participantes, estavam membros do núcleo, conselheiros do Conselho Regional de Nutrição, representantes da Rede de Alimentação e Nutrição Escolar (REANE) e dos Centros Colaboradores em Alimentação Escolar (CECANES) da Universidade Federal Fluminense e Universidade do Rio de Janeiro. Os principais projetos analisados foram o 4335/2018, que propõe um programa de melhoria da merenda escolar no RJ, e 309/2019, que propõe o programa "escola saudável, futuro sustentável".



ESCOLAS SEM REFRIGERANTE



No mês em que se comemora o Dia das Crianças, a ACT lança a campanha #EscolaSemRefigerante, nas mídias sociais, visando agilizar a entrada em pauta do PL 1755/07, que proíbe a venda de refrigerantes em escolas de educação básica. A campanha conta com uma petição on line e um tuitaço no Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. No dia seguinte, haverá uma audiência pública na Câmara dos Deputados, da qual a ACT fará parte, para debater o tema.

Para a ACT, é importante falar de medidas de prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e chamar a atenção para o fato de que um terço das crianças no Brasil está obesa. O consumo excessivo de refrigerantes contribui para agravar doenças, como diabetes e hipertensão.

Crianças obesas têm mais chances de se tornarem adultos obesos, com doenças associadas, como diabetes e hipertensão. Além dos custos diretos com as doenças precoces, teremos custos indiretos relacionados a absenteísmo no trabalho e aposentadoria precoce, além de problemas de concentração e qualidade da entrega do trabalho. O ambiente escolar, portanto, deve promover escolhas saudáveis.  



CONTA DO CIGARRO



A conta do cigarro não fecha, pois, anualmente, o país gasta cerca de R$ 57 bilhões  com despesas médicas e de produtividade relacionadas ao cigarro. A indústria do tabaco só paga R$ 13 bilhões em tributos. Ou seja, um rombo de R$ 44 bilhões para o sistema de saúde brasileiro.

É sobre custos, preços e impostos, além das estratégias da indústria do tabaco para expandir seu mercado, que o médico Dráuzio Varella conversou com o jornalista Bob Fernandes, numa entrevista que vale a pena assistir.

E continue a acompanhar a campanha #ContaDoCigarro, que mostra como a conta do cigarro é imoral, porque enquanto a indústria lucra, deixa os prejuízos para a população pagar. São 428 mortes por dia relacionadas ao tabagismo.



GORDURA TRANS NÃO



As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). Cerca de 300 mil casos de infarto agudo do miocárdio são registrados, por ano, só no Brasil.

Para prevenir essas doenças, a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) criaram a campanha intitulada Gordura Trans Não.

O objetivo é pressionar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária pela restrição do uso da substância nos produtos alimentícios. A Anvisa estava com uma consulta pública aberta sobre o tema até o último dia 7.

As gorduras trans industriais são substância presente em margarinas, cremes vegetais, produtos de panificação e confeitaria, salgadinhos, sorvetes, chocolates, biscoitos, massas instantâneas, ou seja, em grande parte dos produtos ultraprocessados, com consumo crescente no Brasil, inclusive pelo público infantil. Ela é produzida a partir de diferentes processos tecnológicos, dentre eles a hidrogenação parcial de óleos vegetais usados para aumentar a validade, acentuar sabor, melhorar textura e deixar esses produtos crocantes por um baixo custo.



NOTÍCIAS





Hospitais devem notificar Anvisa sobre casos relacionados ao uso de cigarro eletrônico

G1, 1/10/19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária solicitou a 252 instituições de saúde do Brasil que enviem alertas sobre relatos de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. Para a agência, esta ação deve reduzir os riscos de que aconteça no país o mesmo que nos Estados Unidos, onde pelo menos onze pessoas morreram por causa de doenças pulmonares severas relacionados a esse hábito.

http://actbr.org.br/post/hospitais-devem-notificar-anvisa-sobre-casos-relacionados-ao-uso-de-cigarro-eletronico/18125/

Proibida no Brasil, venda de cigarro eletrônico é feita em sites e nas redes

O Estado de S. Paulo, 19/9/19

Proibida no Brasil, a venda de cigarro eletrônico - ou vape - ocorre sem controle na internet e no comércio popular das grandes cidades do País. Desde 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a retirada de 727 anúncios online do produto. A Anvisa tem feito uma série de audiências públicas para coletar informações sobre riscos e definir se mantém o veto.

http://actbr.org.br/post/proibida-no-brasil-venda-de-cigarro-eletronico-e-feita-em-sites-e-nas-redes/18113/

Anvisa abre consulta pública sobre rótulos em alimentos

UOL, 25/9/19

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está recebendo contribuições em uma consulta pública sobre rótulos de alimentos. O objetivo desta fase, que vai até 6 de novembro, é receber contribuições para ajudar na decisão final da agência sobre qual o modelo será adotado.

http://actbr.org.br/post/anvisa-abre-consulta-publica-sobre-rotulos-em-alimentos/18118/

Câmara de SP aprova restrição à venda de cigarro e ao consumo de álcool

O Estado de S. Paulo, 18/9/19


Vereadores de São Paulo aprovaram, em primeiro turno, um pacote de projetos que proíbe a venda de cigarro em padarias e supermercados, o consumo de álcool em postos de gasolina e a distribuição de plásticos descartáveis pelo comércio em geral. Todos ainda precisam de ser votados em segundo turno para serem encaminhados à sanção do prefeito Bruno Covas(PSDB).  

http://actbr.org.br/post/camara-de-sp-aprova-restricao-a-venda-de-cigarro-e-ao-consumo-de-alcool/18112/

Coca-Cola controla pesquisas acadêmicas sobre refrigerantes

Revista Planeta, 17/9/19


O pesado investimento que a Coca-Cola faz em pesquisas científicas nas universidades tem uma finalidade não muito nobre, segundo um estudo publicado em maio na revista “Journal of Public Health Policy”. Com base em 87 mil páginas de documentos obtidos com base na legislação americana de acesso à informação, a empresa usa os contratos que elabora para garantir acesso antecipado a descobertas de pesquisas e interromper estudos por qualquer razão.

http://actbr.org.br/post/cocacola-controla-pesquisas-academicas-sobre-refrigerantes/18111/



ACT LEGAL



Justiça determina como é a venda de cigarros no Rock in Rio 2019

A Justiça do Rio de Janeiro determinou como a Souza Cruz pode vender cigarros no Rock In Rio.

Dentre as medidas, estão a proibição de vendedores ambulantes, a cor preta para os dois únicos pontos de venda permitidos dentro da Cidade do Rock, que devem ser fechados, com acesso apenas para maiores de 18 anos, ambos controlados por seguranças, sem iluminação diferenciada.

Essa decisão foi fruto de ação interposta pelo Ministério Público, com base em irregularidades apuradas na versão do evento de 2017. Foram realizadas inspeções no local para certificar o cumprimento das medidas, e qualquer cidadão poderá enviar sua denúncia online: http://rj.consumidorvencedor.mp.br/home/-/acao/destaque-vitoria/531695

Em caso de descumprimento das regras, a empresa está obrigada a pagar multa de R$ 5 milhões.

Rotulagem nutricional

A Anvisa aprovou, na reunião da Diretoria Colegiada de 12/9, a abertura do processo de consulta pública sobre a rotulagem nutricional frontal de alimentos embalados. A Consulta Pública está aberta para receber contribuições até 5 de novembro, através do seguinte link: http://portal.anvisa.gov.br/consultas-publicas#/visualizar/405930

A proposta de rotulagem nutricional frontal da Anvisa utiliza um modelo de lupa para informar sobre a presença de quantidades de açúcares adicionados, gorduras ou sódio acima dos limites definidos. 

A ACT Promoção da Saúde defende a proposta, elaborada pela Aliança Pela Alimentação Adequada e Saudável e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Idec, de rotulagem nutricional frontal de alimentos por meio de alertas triangulares informando, separadamente, a presença de açucares, sódio e gorduras em excesso.  Esse modelo foi desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), amparada por diversos estudos e pesquisas científicas e de opinião, e em sintonia com recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Mais informações sobre o modelo recomendado podem ser encontradas nos links abaixo:

https://alimentacaosaudavel.org.br/campanhas/rotulagem/

http://actbr.org.br/post/rotulagem-nutricional-frontal-por-advertencias/17681/







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