"É um direito saber o que se come", diz Bela Gil sobre rótulos

17.01.18


Catraquinha

Sabe quando você vai ao mercado e está escrito na embalagem  que o produto é "natural"? Então, será que é mesmo? A forma como grandes marcas de alimentos apresentam as mercadorias tendem a convencer o consumidor de que este ou aquele são os mais saudáveis.

Quando se trata de crianças, essas informações podem até virar argumento para os pequenos: "mas é natural".

Pensando em garantir que as informações dos produtos sejam mais evidentes, uma proposta pede mudança na rotulagem nutricional no Brasil.

Amparado por diversos estudos e pesquisas científicas e de opinião e em sintonia com recomendações de organismos internacionais referências em saúde e alimentação saudável, o Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - defende que é preciso aprimorar o atual modelo usado no país.

Por isso, o Instituto, juntamente com a UFPR (Universidade Federal do Paraná), apresentou à Anvisa uma proposta de aprimoramento dos rótulos com destaque para novos alertas frontais.O símbolo foi desenvolvido a partir de uma análise técnica de modelos já implementados com sucesso no Chile e Equador.

Para que as escolhas alimentares sejam mais saudáveis e feitas de forma mais consciente, é preciso que o consumidor tenha informação adequada sobre o que está contido em um produto. O principal objetivo é defender o Direito de Saber e escolher sobre o que consumir.

Bela Gil, apresentadora e culinarista, defende e apoia a ação e estimulou seus seguidores a assinarem a petição, reforçando que é preciso ter mais do que vontade para uma mudança de hábito alimentar.

"Existem duas propostas pra mudança: uma da Associação das Indústrias de Alimentos e outra da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável. Óbvio que a primeira beneficia a indústria e a segunda, o consumidor. Por isso peço a vocês que assinem a petição de apoio a proposta de rotulagem feita pela Aliança".

Porque é importante?

De acordo com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), é um direito básico ter acesso a “informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentam”, incluindo as informações fornecidas por meio da rotulagem nutricional.

Organismos internacionais como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a OPAS (Organização Panamericana de Saúde) também reconhecem o rótulo como uma ferramenta útil para orientar os consumidores nas melhores escolhas alimentares e, consequentemente, reduzir o excesso de peso em diversas partes do mundo.

E com os atuais índices, essa situação se torna urgente: mais da metade dos adultos brasileiros está com o peso acima do recomendado e 19% são considerados obesos. Entre as crianças de cinco e nove anos, aproximadamente 34% e 13% delas têm excesso de peso e obesidade, respectivamente

Como apoiar?

Atualmente, os rótulos seguem regras determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, em 2003, tornou obrigatória a inclusão de determinadas informações nutricionais nas embalagens de quase todos os alimentos disponíveis no mercado. Mais de uma década depois, experiências internacionais e evidências científicas mostram que apenas isso não é mais suficiente.

Além dos milhares de consumidores que já se manifestaram em defesa da revisão, dezenas de instituições e personalidades estão apoiando a proposta apresentada pelo Idec, destacando a necessidade da inclusão de uma rotulagem de advertência na parte da frente da embalagem.

Para assinar a petição, clique aqui.




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