Edição 67 - DEZEMBRO de 2010
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A ACT lamenta, mais uma vez, manobras capitaneadas pelo senador Romero Jucá, que conseguiu adiar novamente a votação do PL 315/08, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Este projeto, como se sabe, modifica a lei federal 9294/96 e torna o país 100% livre de fumo em ambientes fechados. O senador Jucá é autor do PL 316/08, que prevê fumódromos e chega a enfraquecer a lei atual.
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Tânia Cavalcante
O Perfil deste mês é com a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro, CONIC, a médica Tânia Cavalcante, uma pessoa com grande atuação na área de controle do tabagismo.
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Este mês, voltamos ao tema das estratégias da indústria do tabaco para atrair os jovens para seu mercado. Recebemos o relato de uma pessoa de São Paulo
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Algumas notas sobre os aspectos sociais e econômicos da fumicultura no Brasil
O Brasil lidera o ranking de exportação de fumo e ocupa a 2a posição como produtor. Este papel no mercado mundial de folha foi solidificado há décadas e coloca o nosso país no centro de um debate que incorpora vários aspectos .
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Já está no ar nova enquete sobre a interferência da indústria nas políticas públicas de saúde. A última enquete perguntou se você acredita na alegação da indústria do tabaco de que a adição de sabores não tem atratividade para os novens. O resultado foi:
- Sim – 28.70%
- Não – 71,30%
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A ACT lamenta, mais uma vez, manobras capitaneadas pelo senador Romero Jucá, que conseguiu adiar novamente a votação do PL 315/08, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Este projeto, como se sabe, modifica a lei federal 9294/96 e torna o país 100% livre de fumo em ambientes fechados. O senador Jucá é autor do PL 316/08, que prevê fumódromos e chega a enfraquecer a lei atual. Seu discurso é totalmente alinhado com o da indústria do tabaco.
Desde que esse tema entrou na pauta de discussão no Senado – há mais de dois anos – ele vem sistematica e deliberadamente criando obstáculos para que não avancemos. A votação seria dia 1º e foi postergada para 7 de dezembro, porque o senador Jucá não compareceu à sessão e solicitou ao senador Jayme Campos que pedisse vistas em seu nome, no que foi apoiado pelo senador Valdir Raupp. Outra manobra do senador Jucá foi apresentar um requerimento à CAS para que o PL, que está em caráter terminativo nesta comissão, o que significa que de lá iria para a Câmara dos Deputados, seja ainda enviado a mais outra comissão.
Os senadores Papaléo Paes e Augusto Botelho, felizmente, se manifestaram a favor da aprovação do PL 315 e expuseram a pressão que a indústria faz no senado. Lamentavelmente, o mandato de ambos se encerra no final deste ano. A próxima sessão da CAS, no dia 7, será extraordinária e o PL entrará novamente na pauta. A senadora Rosalba Ciarlini, na posição de presidente da CAS e de relatora do PL, pode conduzir o processo de forma estratégica caso esteja de fato interessada em sua aprovação. Vejamos o que fará na próxima terça.
Para falar de coisas positivas, vamos à 4ª Conferência das Partes (COP 4) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, realizada entre 15 e 20 de novembro, no Uruguai, que mostrou uma vitória da saúde pública em relação aos interesses da indústria do tabaco. Em comparação às primeiras COPs, essa foi bastante atípica. Em nível internacional não havíamos ainda testemunhado interferência da indústria usando agricultores como grupo de frente nas conferências. Obviamente a proximidade geográfica com o sul do Brasil e Argentina facilitou a articulação, pois além de meia centena de agricultores uniformizados com bonés da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e uns poucos argentinos, que foram para lá de ônibus e passaram uma manhã na frente do local da reunião, os outros “manifestantes” eram os representantes da ITGA (Associação Internacional de Cultivadores de Tabaco). As informações que chegaram aos agricultores foram as de que os artigos 9 & 10 inviabilizariam o cultivo de tabaco tipo burley - desempregando 50 mil agricultores no Brasil e impactando 30 milhões de agricultores em todo o mundo – e a de que os artigos 17 & 18 discutem há 4 anos alternativas para o plantio de fumo e que até hoje não encontraram nenhuma solução. O argumento sobre o 9 & 10 é falso. Locais que já proíbem aditivos continuam fabricando cigarros que levam tabaco tipo burley em sua mistura, a exemplo do Canadá. No que tange aos artigos 17 & 18, seu objetivo é apoiar os agricultores a encontrar alternativas através de políticas públicas em nível nacional, voltada para diferentes realidades, então realmente não há e jamais haverá uma alternativa única para a diversificação, substituição ou reconversão. Até porque enquanto houver demanda haverá produção.
O direito de Estados agirem em defesa da saúde pública nacionalmente, a saúde pública global e os agricultores familiares saíram vitoriosos desse enfrentamento. Nas plenárias e comitês de negociação da COP, apesar de alguns países africanos (cujas delegações foram financiadas pela indústria do tabaco direta ou indiretamente) e da China (cuja indústria do tabaco é estatal), criarem todos os tipos de obstáculos na tentativa de não se chegar a um acordo em torno dos artigos 9 & 10, nenhuma palavra foi dita associando a produção de burley a esses artigos. Imagino que tenham sido orientados pela indústria a travar a negociação com outros argumentos, pois representantes da British American Tobacco (BAT), ITGA, Japan Tobacco (JTI), Philip Morris (PMI), entre outros circulavam pelos corredores e assessoravam “suas delegações”. Provavelmente queriam se dissociar das denúncias que circulavam sobre a utilização de agricultores como massa de manobra. O fato é que os artigos 9 & 10 saíram mais fortes do que entraram nesta rodada de negociações. O primeiro texto do artigo em negociação se referia somente a produtos de tabaco tipo cigarro (incluindo cigarros, cigarrilhas, e tabaco de enrolar). O texto aprovado pela COP 4 substitui essa definição restrita por todos os produtos de tabaco. Em linhas gerais, as recomendações dizem que deve se proibir ou restringir ingredientes que podem ser utilizados para aumentar a atratividade e/ou palatabilidade dos produtos de tabaco. Países árabes e asiáticos comemoraram o aumento do escopo das diretrizes aprovadas para todos os produtos de tabaco pois, em suas respectivas realidades locais, outros produtos de tabaco representam um problema de saúde pública mais representativo do que o cigarro.
No que diz respeito aos artigos 17 & 18, foi aprovada a continuação do grupo de trabalho que deve apresentar um relatório para a COP 5 com uma lista de políticas públicas para lidar com a questão da diversificação. Vale ressaltar que o artigo 17 foi previsto no âmbito da conferência para o momento em que comece a ocorrer uma queda na demanda pela folha de fumo globalmente, o que ainda não acontece. Mas uma das funções do grupo de trabalho é monitorar as práticas da indústria que afetam os agricultores e servir para alavancar o debate sobre diversificação, importantíssimo em nível nacional, mas que tem que envolver autoridades e instituições competentes nas áreas da agricultura e desenvolvimento sustentável para apoiar estruturas que viabilizem alternativas produtivas.
Uma das vitórias que merece destaque nessa COP é a aprovação por unanimidade da Declaração de Punta del Este sobre a Implementação da Convenção-Quadro, que trata do direito fundamental à saúde e reforça o direito que os países Partes têm de priorizar as medidas de saúde pública diante de disputas entre liberdade comercial e saúde. O que disparou a elaboração da declaração foi a pressão sofrida pelo governo do Uruguai pela Philip Morris através de um processo de arbitragem envolvendo um acordo de comércio bilateral entre Suíça e Uruguai. Tanto o ex-presidente do Uruguai, o oncologista Tabaré Vazquez, quanto o atual, José Mujica, fizeram belos discursos em apoio ao tratado. Foi a primeira vez que uma COP da CQCT contou com a presença de chefes de Estado.
Outra vitória significativa foi a criação de um grupo de trabalho para elaborar diretrizes sobre o artigo 6 (medidas relacionadas a preços e impostos para reduzir a demanda de tabaco), a medida isolada mais eficiente para a redução do tabagismo. Para avançarmos, as Partes precisam enviar delegados preparados para discutir questões tributárias e conscientizar as autoridades responsáveis pela política fiscal de que o artigo 6 é bom para a arrecadação e para a saúde pública.
Outro tema importante foi a proposta de se iniciar o trabalho sobre o artigo 19 (Responsabilidade Civil e Penal). Será preparado um relatório abrangente sobre o tema com exemplos do que vem acontecendo nessa área em vários países, que será submetido à COP 5.
Também foram aprovados por unanimidade os artigos 12 (Educação, Comunicação, Treinamento e Conscientização do público) e 14 (Medidas para redução da dependência de tabaco e apoio à cessação). Outro item importante aprovado foi o estabelecimento de um grupo de especialistas para analisar medidas que contribuam para a eliminação da publicidade, promoção e patrocínio transfronteiriço de produtos do tabaco. Avanços também na discussão sobre um sistema de apresentação de relatórios de implementação do tratado para o secretariado que sirva como instrumento de identificação de apoio necessário nas áreas onde ele não está sendo cumprido adequadamente. Nesse quesito é fundamental o desenvolvimento de relatórios de monitoramento feito por organizações não governamentais nacionais para um melhor diagnóstico de situação.
Foram também definidos os próximos passos de negociação para finalização do Protocolo sobre o Mercado Ilícito, que terá mais uma rodada intergovernamental de negociação no início de 2012 precedida por encontros regionais e muito trabalho entre as sessões, para que as Partes estejam prontas para negociar um texto de protocolo final que possa ser submetido e aprovado na COP 5, a ser realizada na Coréia do Sul, no final de 2012.
A delegação do Brasil estava muito preparada para as negociações e está de parabéns pela forma como lidou e esclareceu as distorções que circularam dentro do governo antes e durante a conferência, mantendo o seu posicionamento histórico de apoio à CQCT e sua implementação no Brasil. Esperamos que a posição no espaço de negociação internacional se traduza em políticas públicas efetivas para avançarmos com a Convenção Quadro no país.
O Brasil foi uma liderança na defesa do financiamento dos custos de viagem aos países em desenvolvimento para que possam participar das negociações e enfrentou a União Européia, que por conta de sua crise econômica, chegou nas negociações com propostas de cortes no financiamento da CQCT e entre eles, nos recursos de viagem para países de desenvolvimento médio. O problema é que essa medida atingirá entre 35 e 49 países e deixará em posição de vulnerabilidade muitos daqueles que não têm condições de participar por conta própria, o que abala a própria legitimidade das negociações. Nesse aspecto é importante que os países apliquem os princípios do artigo 5.3 da CQCT e que se aplique a prática de assinatura de declaração de conflito de interesses para todas as delegações, de forma a evitar que a indústria aparelhe mais delegações para travar as negociações em seu favor.
No Perfil dessa edição poderemos saber mais sobre os planos do Brasil para incorporação das novas (e das antigas que ainda não foram plenamente adotadas) diretrizes aprovadas na COP 4, numa entrevista com a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro, Tânia Cavalcante.
Na seção Economia do Tabaco, uma comparação entre o desenvolvimento dos municípios produtores de tabaco e os não produtores, que derruba o argumento de que a produção de fumo traz alto desenvolvimento para os municípios produtores. Em Irresponsabilidade Social, voltamos às estratégias da indústria do tabaco para conquistar mais jovens para o seu mercado, garantindo, assim, sua sustentabilidade.
Boa leitura!
Paula Johns |
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Tânia Cavalcante
O Perfil deste mês é com a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro, CONIC, a médica Tânia Cavalcante, uma pessoa com grande atuação na área de controle do tabagismo, que já esteve à frente do Programa Nacional de Controle do Tabagismo e da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA. Segundo ela, o Brasil marcou presença sob vários aspectos na 4ª Conferência das Partes, no Uruguai. Nesta entrevista, ela fala sobre os próximos passos do país para a implementação do tratado internacional.
ACT: Como a sra. avalia o desempenho do Brasil nesta COP?
Tânia Cavalcante: O Brasil marcou presença sob vários aspectos dos quais destaco a representatividade da delegação brasileira e a defesa, que começou ainda no início do ano, no âmbito da Organização Panamericana de Saúde, contra as estratégias da indústria em oposição às diretrizes da Convenção-Quadro. Tivemos uma das maiores e mais representativas delegações em função da participação de 11 dos 16 setores do governo federal que integram a Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (CONICQ). São órgãos do governo que, junto com o Ministério da Saúde, compartilham responsabilidades na implementação nacional desse tratado. Além do Ministério da Saúde, representado pelo INCA, ANVISA, Assessoria Internacional e Fiocruz, estiveram presentes representações dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Justiça (Policia Federal), do Trabalho e Emprego, da Educação, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Casa Civil. A agenda da COP 4 foi previamente analisada e discutida dentro da CONICQ em um processo preparatório para definir os posicionamentos a serem levados pela delegação do Brasil. E esse processo também envolveu seminários abertos para ouvir representantes da sociedade civil. A representatividade da delegação e todo o processo preparatório no âmbito da CONICQ deu uma visibilidade muito positiva ao mecanismo intersetorial de governança da Política Nacional de Controle do Tabaco e a institucionalidade dada a esse tratado pelo Estado brasileiro.
ACT: Em relação às resoluções da COP4, quais foram as posições defendidas pelo Brasil?
TC: O país não recuou em sua posição de liderança na defesa da saúde pública mesmo frente a uma grande pressão das multinacionais do tabaco para retardar a aprovação da recomendação de proibir ou restringir aditivos para dar sabor aos cigarros. O Brasil manteve a defesa de que a COP 4 deveria se mobilizar contra as mais recentes estratégias da indústria de confrontar medidas da Convenção com acordos internacionais de comércio e de investimento estrangeiro, como ocorre no caso da Philip Morris contra o governo do Uruguai. Defendemos e colaboramos previamente com o governo do Uruguai no desenvolvimento da proposta da Declaração de Punta del Este, aprovada pela COP 4, na qual os países se comprometem a defender a Convenção das estratégias da indústria do tabaco e reconhecem que os Estados Partes podem adotar medidas para proteger a saúde pública, incluindo a regulação do exercício de direitos de propriedade intelectual, quando essas medidas forem consistentes com o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (ADPIC).
ACT: A COP 4 começou com uma polêmica grande em torno dos artigos 9 e 10, sobre adição de sabores ao tabaco, que acabaram sendo aprovados por unanimidade. Como a sra. vê a manobra feita com os fumicultores?
TC: Na verdade, essa manobra não foi articulada pelos fumicultores e sim pelas transnacionais de fumo que atuam nos mercados de países produtores como o Brasil. O argumento de que medidas para controle do tabaco impactam os fumicultores é recorrente quando querem impedir ou retardar medidas efetivas para reduzir o tabagismo. Agora, o mesmo argumento foi criado para estabelecer a polêmica em torno da minuta de diretrizes para os artigos 9 e 10 a ser avaliada pela COP 4. Essa minuta recomendava que os Estados Partes da Convenção proibissem ou restringissem “ingredientes para aumentar a palatabilidade de cigarros, tais como açúcares e doces, substâncias flavorizantes, temperos e ervas”. Vale salientar que essa recomendação é fruto de estudos de renomados cientistas sob a coordenação da OMS. Os aditivos fazem parte da estratégia para mascarar o gosto ruim dos cigarros e facilitar o primeiro contato de adolescentes com esses produtos. Alguns aumentam a capacidade dos produtos de causar dependência, ou seja, são importantes para a rentabilidade de seus negócios.
ACT: Mas industria do tabaco disseminou em países produtores como o Brasil, China etc. a idéia falaciosa de que a aprovação pela COP 4 da recomendação de proibir ou restringir aditivos impactaria negativamente produtores de tabaco tipo “burley”. Qual a posição do Brasil sobre isso?
TC: A delegação do Brasil em Punta del Este recebeu representantes nacionais de organizações ligadas à fumicultura, parlamentares, prefeitos e outros políticos, que em comitiva estiveram presentes à COP4 para manifestar preocupação sobre esse tema. Isso contribuiu para esclarecer sobre a equivocada relação entre a regulação de aditivos em produtos de tabaco e um imediato impacto negativo na produção de tabaco burley. Companhias de cigarros como a British American Tobacco já desenvolveram tecnologia e possuem patentes para uso do tabaco tipo burley sem aditivos na confecção de cigarros. Isso ajudou a caracterizar essa campanha da indústria do tabaco como mais uma tentativa de interferir no progresso da Convenção Quadro.
ACT: E agora, em relação aos aditivos , quais são os próximos passos?
TC: Esse é um tema que compete à ANVISA, como órgão responsável pela política nacional de regulação dos produtos de tabaco. No âmbito da CONICQ, entendemos que esse é um dos temas mais complexos da Convenção e que, obviamente, será foco de intenso debate. Estamos trabalhando para esclarecer, da melhor forma possível, todos os setores do governo envolvidos com a questão do tabaco, sempre ressaltando a relevância dos aspectos de saúde pública relacionados a essa medida.
ACT: Outros artigos importante, como o 12 e 14, também foram aprovados. Como a CONICQ vai fazer para implementá-los?
TC: Os artigos 12 (Educação, comunicação, treinamento e conscientização do público ) e 14 (Medidas de redução de demanda relativas à dependência e ao abandono do tabaco) já vêm sendo implementados no SUS através de uma parceria cada vez mais sólida da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA com outros setores do próprio INCA , do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde. Uma das estratégias é fortalecer cada vez mais o processo de descentralização da gestão do Programa Nacional de Controle do Tabagismo no âmbito da Política Nacional de Saúde e em especial promover as ações desse programa nas agendas estratégicas de saúde tais como Atenção Básica/Saúde da Família, da Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e no Programa Saúde na Escola (parceria entre o Ministério da Saúde com o MEC). Nesse último, o Programa Saber Saúde nas Escolas - desenvolvido pelo INCA - já vem se integrando a essa iniciativa. Mais recentemente, a inclusão de ações de prevenção e cessação do tabagismo na agenda das seguradoras de saúde vem acontecendo graças a parceria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também estamos discutindo com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) a possibilidade de integrarmos o Programa Nacional de Agricultura Familiar, já que a Pesquisa Especial sobre Tabagismo realizada em 2008 pelo Ministério da Saúde e IBGE mostra uma maior concentração do tabagismo nas regiões rurais.
ACT: E qual será a ação da CONICQ para efetivar os artigos 17 (Apoio a atividades alternativas economicamente viáveis) e 18 (Proteção ao meio ambiente e à saúde das pessoas) da Convenção Quadro?
TC: O Programa de Diversificação em áreas produtoras de tabaco, coordenado pelo MDA desde 2005, tem sido uma das respostas mais importantes que o governo brasileiro deu em atenção à reconhecida vulnerabilidade social, sanitária e econômica das cerca de 200 mil famílias de pequenos agricultores inseridas na cadeia produtiva de fumo. Segundo dados do MDA, essa iniciativa já atingiu cerca de 20 mil famílias, mas é preciso fortalecer esse programa e ampliar a sua cobertura. Para isso, estamos discutindo novos mecanismos de financiamento do programa, como a criação de um fundo para esse fim. No âmbito da CONICQ, estamos buscando ativamente identificar o potencial de colaboração de outros setores do governo com esse Programa. Por exemplo, o Ministério da Saúde já vem colaborando com o desenvolvimento de estudos epidemiológicos que possam identificar os agravos à saúde relacionados à produção de fumo e sua magnitude e com a divulgação de informações sobre os riscos inerentes as atividades envolvidas na fumicultura, assim como para prevenir, diagnosticar precocemente e tratar adequadamente esses agravos que vão desde aspectos ligados à toxicidade dos agrotóxicos até aspectos relacionados à intoxicação aguda pela nicotina presentes nas folhas de tabaco [doença da folha do tabaco].
ACT: Vemos cada vez uma interferência maior da indústria do tabaco, tanto fazendo pressão quanto patrocinando todo tipo de evento, especialmente os jurídicos. Como fazer para aplicar o artigo 5.3?
TC: O artigo 5.3 é uma obrigação legal assumida pelo Estado Brasileiro ao ratificar a Convenção, mas sua aplicação não é uma tarefa fácil. É preciso que todos entendam que quando companhias de tabaco enfraquecem políticas públicas para beneficiar seus negócios, o resultado será invariavelmente o crescimento da epidemia do tabagismo, e das doenças e mortes tabaco relacionadas. E isso exige a participação de toda a sociedade na defesa da Convenção e na disseminação de informações. De qualquer forma, a existência da CONICQ, com a participação de representantes de 16 ministérios e de vários órgãos do setor público, tem ajudado na convergência do entendimento de que os argumentos de geração de emprego, renda e tributos utilizado pela indústria não devem ser mais aceitos como justificativa para impedir ou reverter medidas para reduzir o tabagismo e, portanto, os prejuízos que causa para a saúde e aos cofres públicos. |
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COP 4: A ACT , representada pela diretora-executiva, Paula Johns, pela vice-diretora, Mônica Andreis, e pela coordenadora jurídica, Clarissa Homsi, participou da 4a sessão da Conferência das Partes (COP 4), de 15 a 20 de novembro, em Punta del Este, no Uruguai. A COP 4 foi uma vitória da saúde sobre a indústria do tabaco, ao aprovar os artigos 9 e 10, sobre adição de sabores aos produtos de tabaco; artigos 12, sobre educação, comunicação, treinamento e conscientização do público; 14, de redução de demanda relativas à dependência e ao abandono do tabaco; 17, de apoio às alternativas economicamente viáveis; e 18, de proteção ao meio ambiente.
ACT na Exposição ONG Brasil: A ACT participou, de 25 a 27 de novembro, em São Paulo, do ONG Brasil, evento composto por exposição e congresso internacional, sem fins lucrativos, cujo objetivo foi o desenvolvimento e a capacitação das organizações não governamentais brasileiras ou com atuação no país. A coordenadora de relações institucionais da ACT, Daniela Guedes, e a estagiária Said Bichara, acompanharam o evento. Na foto, Said com a fantasia para fazer uma performance mostrando que veneno de rato é uma das substâncias do cigarro.
Reconhecimento do trabalho da ACT: A diretora-executiva da ACT, Paula Johns, foi aprovada no processo de seleção para empreendedora social Ashoka - organização mundial, sem fins lucrativos, pioneira no campo da inovação social e trabalho e apoio aos empreendedores sociais, pessoas com idéias criativas e inovadoras capazes de provocar transformações com amplo impacto social.
ACT no II Simpósio Sion de Psicooncologia/ Seminário em Maringá: A vice-diretora da ACT, Mônica Andreis, participou do evento promovido pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo, em 27 de novembro. O tema do debate foi "O Câncer Machuca?", e Mônica apresentou uma palestra falando sobre o tabagismo, associando o cigarro a uma bengala que machuca. Mônica também representou a ACT no II Seminário de Promoção da Saúde, Prevenção e Controle do Tabagismo de Maringá, em 29 e 30 de novembro, falando sobre as ONGs no controle do tabaco.
ACT no EFEJ 2011: A jornalista Ana Gangemi representou a ACTno Encontro da Federação das Empresas Juniores do Rio de Janeiro, em 4 e 5 de novembro, em Teresópolis, RJ. O evento reuniu 310 participantes de 38 empresas juniores do Brasil. A ACT distribuiu o material de sua campanha “Diga Não à Propaganda de Cigarro!”
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II Corrida e Caminhada Com você, pela vida - Doe Medula Óssea: A Fundação do Câncer está com inscrições abertas para a II Corrida e Caminhada Com você, pela vida – Doe Medula Óssea, que será realizada em 12 de dezembro, na Praia de Copacabana, totalizando um percurso de 6 quilômetros. A inscrição, que custa R$ 35 e dá direito a um kit com camiseta, boné e sacola, será revertida para projetos realizados no Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA. Mais informações no link http://www.cancer.org.br/corridaecaminhada/2010/ A ACT também vai organizar um grupo para participar do evento. Em breve daremos as coordenadas sobre as inscrições.
7º Fórum Brasileiro de Promoção da Saúde: A Associação Brasileira de Promoção da Saúde organiza o evento, dias 3 e 4 de dezembro, em São Paulo. O objetivo é discutir e exemplificar a construção de redes de trabalho para o sucesso de ações que promovam saúde. A organização tem como foco atender interesses do setor saúde (pública e privada), empresas e o terceiro setor. Mais informações no site www.abps.org.br.
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JUSTIÇA proíbe Souza Cruz de contratar "provadores de cigarro"
Última Instância – 29/12/2010
O TST negou recurso da Souza Cruz e manteve a proibição de a empresa contratar empregados para testar cigarros. A decisão ocorreu em uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho, após reclamação de um funcionário que pediu indenização pelos problemas de saúde causados pelos anos em que atuou como “provador de cigarros”.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=1789
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Philip Morris é obrigada a veicular imagens nos maços de cigarro
DCI - Diário de Comércio e Indústria, 22/11/2010
O STJ determinou que a Philip Morris mantenha todas as imagens de advertência nos seus maços de cigarros e materiais publicitários. A empresa queria deixar de usar sete das dez figuras estipuladas pela Anvisa, por considerá-las grotescas.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=1780
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Lobby do tabaco visa países emergentes
Folha de S. Paulo, 15/11/2010
As multinacionais de tabaco há anos são surradas por políticos e advogados dos EUA e de outros países desenvolvidos. Mas a indústria do tabaco provou que sabe bater de frente quando seus lucros estão em risco. Aliás, grandes empresas talvez tenham encontrado a reposta para seus lamentos: mercados emergentes.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=1768
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64% defendem maços de cigarro escondidos na loja, diz Datafolha
Folha de S. Paulo, 17/11/2010
Pesquisa Datafolha feita em 160 cidades brasileiras revela que 64% da população é favorável a que os maços de cigarro fiquem escondidos da visão dos consumidores nos pontos de venda.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=1769
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Algumas notas sobre os aspectos sociais e econômicos da fumicultura no Brasil
O Brasil lidera o ranking de exportação de fumo e ocupa a 2a posição como produtor. Este papel no mercado mundial de folha foi solidificado há décadas e coloca o nosso país no centro de um debate que incorpora vários aspectos, dentre eles: 1) a dicotomia entre ser líder na adoção de ações para o controle da demanda por derivados do tabaco e ser líder na oferta mundial de folha em fumo; 2) a defesa da produção de tabaco nacional, como observado recentemente através dos argumentos da indústria do tabaco contra a aprovação dos artigos 9 e 10 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT); e 3) as janelas de oportunidade abertas pela CQCT, pois o tratado, ao prever uma redução da demanda, sugere que os países, no caso o Brasil, adote uma política de diversificação de cultura baseada em uma rede de apoio ao fumicultor.
A cadeia produtiva do tabaco em nosso país pode ser caracterizada como um monopólio bilateral, com dois grupos definidos – produtores e compradores – em uma relação de dependência mútua bem estabelecida. No entanto, este nível de organização do mercado possui pesos e medidas diferentes. O poder de compra das empresas beneficiadoras de folha de fumo é superior à capacidade de barganha dos fumicultores, que se submetem à classificação das folhas, arbitrada pelas empresas logo no início do processo de produção, quando ocorre o financiamento dos insumos agrícolas por essas empresas. Nesta fase, é estabelecida uma relação de sujeição do agricultor aos preços e critérios estabelecidos pelas empresas beneficiadoras. Nesse desequilíbrio, pesam ainda outras questões que podem ser analisadas à luz dos indicadores sociais e econômicos dos municípios que se destacam como importantes produtores de fumo na região Sul.
A análise a seguir incorpora dados oficiais relativos a emprego e renda, educação e saúde e está fundamentada na metodologia desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), que deu origem ao Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM). As estimativas aqui apresentadas referem-se ao ano de 2007 e variam numa escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o desenvolvimento humano. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano.
Os resultados permitem observar que nos municípios do Rio Grande do Sul (RS), cuja principal atividade econômica é a fumicultura, os índices de educação e saúde variam entre regular e moderado, o que se justifica pela dependência das políticas públicas mais estruturadas e permanentes. No entanto, o indicador emprego e renda tem demonstrado níveis piores, como é o caso de Arroio do Tigre (0,3565), Candelária (0,4065), Camaquã (0,4936), Dom Feliciano (0,5114) e Santa Cruz do Sul (0,5136). O estado do RS possui 496 municípios e os mencionados anteriormente ocupam as seguintes posições no ranking estadual em relação ao IFDM: Arroio do Tigre – 421º; Candelária – 361º; Camaquã – 288º; Dom Feliciano – 390º; e Santa Cruz do Sul – 117º. Portanto, o argumento de que a produção de fumo traz alto desenvolvimento para os municípios produtores não é sólido, na medida em que até mesmo as cidades apresentadas pela indústria como as mais desenvolvidas possuem níveis apenas regulares de desenvolvimento, como é o caso de Santa Cruz do Sul, conforme observado anteriormente.
Agregue-se aos resultados acima apresentados dados comparativos entre Censo Agropecuário de 1995-1996 e 2006, publicado pelo IBGE. No período de 10 anos, a produção de fumo cresceu 146%, enquanto que o crescimento da área colhida foi de 90%. Estes números contrastam com aqueles observados para outras lavouras, posto que o volume da área colhida de fumo superou a de algodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo. O fumo somente ficou atrás da mandioca.
A investigação acerca do comportamento das exportações também é relevante, conforme mostra o Gráfico abaixo. O volume de exportações e o valor obtido têm registrado uma tendência de crescimento ao longo das últimas décadas.
Gráfico – Exportações (toneladas) e valor exportado (R$) de fumo em folha – Brasil.
Período: 1986 a 2007

Fonte: Food and Agriculture Organization. Disponível em http://www.fao.org/corp/statistics/en/
Finalmente, os achados apresentados nesta seção tentam apontar os caminhos que o nosso país está seguindo em relação à oferta de folha de fumo, bem como as suas repercussões em termos de emprego e renda. É importante frisar, como tem feito os interlocutores da política de controle do tabagismo, que a CQCT não proíbe a fumicultura. O tratado está ao lado dos agricultores ao apontar uma diretriz com o objetivo de buscar alternativas em um cenário de possível redução da demanda por cigarros, charutos, fumo para mascar, dentre outros produtos derivados do tabaco. Experiências como as lideradas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, através do Programa de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco, demonstra que o Brasil pode alterar o curso que vem sendo observado nas últimas décadas. Mais que uma alternativa, diversificar é posicionar-se a favor dos fumicultores e de suas famílias. |
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Este mês, voltamos ao tema das estratégias da indústria do tabaco para atrair os jovens para seu mercado. Recebemos o relato de uma pessoa de São Paulo, que partilhamos abaixo:
“Ao sair num barzinho na Vila Madalena, observei uma estratégia de venda de cigarros que me causou grande indignação. Eu estava sentada no bar, na parte externa, com mais duas amigas, quando chega um rapaz boa pinta e outro batendo fotos com muitos flashes (sem pedir autorização alguma). O rapaz boa pinta pergunta se somos fumantes (no caso, nenhuma de nós éramos) e em seguida apresenta um estojo, com luzes embutidas, espelho (tudo muito fashion e chique, parecendo um mini-camarim). Dentro desse estojo encontravam-se os cigarros da marca Vogue (absolutamente glamurosos, até quem não fuma fica com água na boca pelo display e apresentação dos cigarros extremamente femininos).
Fiquei chocada com a abordagem, pois não basta a exposição ostensiva desses produtos em padarias e bares, mas agora eles vêm até nós quando não solicitamos e ainda, em uma condição de certa vulnerabilidade (abordando-se pessoas em bares que, certamente já tomaram umas cervejinhas, condição em que "cairia bem" um cigarro), sem contar a estratégia de sedução por todo o layout da venda”.
A esse depoimento soma-se uma reportagem feita pelo jornal Campus, de alunos de Comunicação Social da Universidade de Brasília. Intitulada “Os Novos Caubóis da Marlboro”, a matéria aborda o mesmo contexto do depoimento acima: como a indústria do tabaco está fazendo para driblar proibição da propaganda e promovendo seus produtos. A reportagem começa assim: “Eles usam cabelos com cortes modernos, brinco na orelha e tênis All Star. Chamam atenção quando passam pelos bares de Brasília, não apenas por serem altos e bonitos, mas pelas vitrines luminosas que carregam e que logo despertam a curiosidade dos frequentadores. Poderiam ser representantes de uma nova marca de chicletes ou refrigerantes, mas o negócio deles é outro: são promotores de vendas da Marlboro, marca de cigarro fabricada pela Philip Morris.”.
Para ler a matéria na íntegra, clique em: http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=1782
COMENTÁRIO DA ACT
A ACT vem acompanhando essas estratégias da indústria e denunciando-as faz tempo. Além desse tipo de promoção, a indústria do tabaco vem investindo cada vez mais em pontos de venda de cigarro, especialmente quando há escolas num raio de até um quilômetro. Cerca de 70% desses estabelecimentos que vendem cigarro são inundados com propaganda.
Ao contrário do que a indústria alega, que sua publicidade é feita para adultos conscientes para que mudem de marca, a estratégia adotada mostra que quem está no alvo são os jovens.
A ACT encomendou uma pesquisa ao Instituto Datafolha que mostrou que a população brasileira começa a tomar consciência do absurdo dessa publicidade e concorda com a tendência mundial, de esconder os cigarros do raio de visão. Segundo a pesquisa, 64% dos entrevistados são favoráveis à opinião de que “os cigarros devem ficar escondidos da visão do público em geral”. Mesmo entre os fumantes, essa posição tem adesão da maior parcela (51%). Os fumantes leves, de até 10 cigarros por dia, são mais favoráveis ao “ocultamento” das marcas de cigarros, enquanto os fumantes pesados discordam: 45%.
Em artigo publicado em 20 de novembro, na Folha de S. Paulo, o Dr. Dráuzio Varella, um dos médicos mais conceituados do país, explicou a situação de forma muito simples. “É extensa a folha corrida dos fabricantes de cigarro. Nenhum dos crimes cometidos pelo capitalismo mundial, incluindo a escravidão, é comparável ao das estratégias engendradas por eles para convencer crianças a começar a fumar. A história mostra do que foram capazes esses senhores: usaram atrizes e atores de cinema, compraram médicos, esconderam enquanto puderam as pesquisas que associavam o fumo ao câncer, ataques cardíacos e outras enfermidades de gravidade semelhante, investiram fortunas em comerciais dirigidos ao público infanto-juvenil, corromperam a imprensa, financiaram políticos e contrataram lobistas para pressionar os reticentes. O objetivo dessas ações era mais do que explícito: viciar meninas e meninos para torná-los usuários de nicotina até a morte”.
O artigo do Dr. Dráuzio termina como nós, da ACT e da comunidade de controle do tabagismo, vemos a questão: “Essa publicidade acintosa nos pontos de venda precisa ser terminantemente proibida. É absurdo não fazê-lo. Os maços de cigarro não podem ficar expostos aos olhares curiosos das crianças. Por que razão não criamos leis que obrigam os comerciantes a guardá-los em gavetas ou estantes fechadas?”
Por que? |
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Ficha Técnica
Realização: ACT - Aliança de Controle do Tabagismo
Apoio: HealthBridge - CIDA - IUATLD – TFK
Jornalista responsável: Anna Monteiro - anna.monteiro@actbr.org.br
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