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BOLETIM

EdiÇÃo 91 - ABRIL/MAIO de 2013

Este mês temos um bom motivo para comemorar e alguns motivos para ficarmos atentos, alertas e nos preocuparmos. Começando pelas boas notícias, é com muita alegria que testemunhamos e prestigiamos a inauguração do CETAB.

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A seção Perfil desta edição apresenta entrevista com Vera Luiza da Costa e Silva, Coordenadora do Centro de Estudos do Tabagismo e Saúde (CETAB)

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• Petição online
• Entidades internacionais mandam carta à presidência da República
• Saúde não se negocia
• Denize para de fumar


A coluna do médico Dráuzio Varella, publicada na Folha de S. Paulo, em 06/04/2013, com o título Indiferença Inexplicável, foi o destaque em abril. Ele fala do descaso do governo federal com a política de controle do tabagismo com a questão dos aditivos nos cigarros.

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A agência Havas Worldwide criou, voluntariamente, um anúncio para a ACT, que  fez sucesso imediato nas redes sociais  a partir de sua publicação, em 4 de abril.  A peça respondeu anúncio publicado pela Souza Cruz, dois dias anos, nos maiores jornais do país, sobre pontos de vendas. A Fundação do Câncer assinou a peça com a ACT.

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CIGARRO CAUSA MAIS CÂNCER EM MULHERES
Terra Brasil, 01/05/2013

ANVISA VAI REVER LISTA DE ITENS PROIBIDOS EM CIGARRO
O Estado de S. Paulo, 19/04/2013

O SEGREDO DA SOUZA CRUZ
Isto É Dinheiro, 13/04/2013

AGU DEFENDE PROIBIÇÃO DE CIGARROS COM ADITIVOS
Carta Capital, 01/04/2013

 

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• POLÍTICAS DE CONTROLE DO TABAGISMO

• OBJETIVOS DO MILÊNIO

• XXII Congresso Brasileiro da ABEAD


 

 

 

 
 

Este mês temos um bom motivo para comemorar e alguns motivos para ficarmos atentos, alertas e nos preocuparmos. Começando pelas boas notícias, é com muita alegria que testemunhamos e prestigiamos a inauguração do CETAB – Centro de Estudos do Tabagismo e Saúde, idealizado por uma das grandes lideranças do controle do tabagismo no Brasil e no mundo, a mestre Vera Luiza da Costa e Silva. Você pode ler mais sobre a iniciativa, contada pela própria Vera, no perfil dessa edição.

A guerra continua nos Poderes Legislativo e Judiciário, em relação à determinação da Anvisa de proibir aditivos de sabores e aromatizantes nos produtos de tabaco. No Legislativo, o assunto continua na CCJ – Comissão de Constituição e Justiça e deve voltar à pauta de votação em meados de maio.

Na segunda semana de abril, o projeto do deputado Luiz  Carlos Heinze (PP-RS), defensor histórico da indústria de cigarros no Congresso, esteve prestes a ser votado. Esse projeto pretende liberar aditivos de sabores como menta e cravo nos cigarros, usando agricultores como escudo.  O assunto saiu da pauta por 30 dias, em função de uma proposta de acordo sugerida por um deputado aliado da indústria (Alceu Moreira PMDB-RS) ao deputado José Genoíno (PT-SP), que anunciou ter entrado em contato com o Ministro Padilha e com o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, para propor uma negociação a respeito de uma demanda da Abifumo – Associação Brasileira da Indústria do Fumo, solicitando a liberação de 140 aditivos incluídos na proibição. A Diretoria Colegiada da Anvisa se reuniu com a área técnica no último dia 20, em Brasília, e enviou parecer para a Abifumo respondendo à solicitação, pedindo comprovação da essencialidade de tais aditivos à fabricação de cigarros.   Vale destacar que a saúde pública conta com o apoio dos deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Cesar Conalgo (PSDB/ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ), que defendem a Anvisa e a proibição dos aditivos.

Logo em seguida, foi realizada nova reunião com o grupo de deputados envolvidos na negociação da CCJ, onde foi declarado que, como não houve acordo, o grupo favorável à indústria iria colocar o projeto em votação. Ou seja, a indústria do tabaco está passando o seguinte recado: ou a Anvisa cede aos seus interesses ou fará com que isso aconteça de outras formas.

A disputa também ocorre no Poder Judiciário, onde tramitam três ações contestando a medida - uma na Bahia, uma no TJ de Brasília e uma do STF. Merece destaque a ação que corre no TJ de Brasília, onde houve uma mudança de voto do Juiz de Primeira para Segunda Instância. Na mudança, foi favorecida a indústria do tabaco e prejudicada a saúde pública. A resolução encontra-se suspensa e vai para o STJ. Enquanto isso, um parecer de ex-presidente do STF, Ministro Sepúlveda Pertence, assinado em conjunto com um advogado da Souza Cruz, Luis Barroso, foi colocado nos autos do processo contestando a Anvisa. Além disso, ouvimos depoimentos que juízes estariam sendo visitados para comprar a tese, patrocinada pela indústria, de que a Anvisa não tem competência para legislar. Como vocês podem perceber, o jogo é pesado!

Ainda no universo dos desafios, a regulamentação da lei 12.546/11 continua “empacada”,  em algum lugar entre o Ministério da Saúde e a Casa Civil. O MS alega que está na mão da Presidente. O que chama atenção é que em 24 de abril, Dilma Rousseff  assinou decreto sobre impostos de cigarro. Ficam as perguntas para reflexão:  por que será que para esse tema há tempo? Por que será que o Ministro Padilha assina portaria sobre tratamento de tabagismo e não dá nenhum passo em relação às políticas ou campanhas de prevenção. E aí, Padilha? E aí, Dilma? Até quando as políticas de prevenção serão sacrificadas para promover políticas de enxugar gelo que não desagradam nenhum setor econômico? Por que subfinanciar e não garantir recursos humanos para o programa de diversificação da fumicultura do Ministério de Desenvolvimento Agrário, deixando parte da missão de buscar alternativas para os agricultores na mão de atores ligados à saúde? Por que subsidiar a indústria do fumo na ampliação de suas operações através do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento? Qual é a política de Estado no âmbito do controle do tabaco? Até o momento, mais parece uma política de fomento à industria do tabaco!

Na seção Irresponsabilidade Social, destacamos o anúncio que a Souza Cruz publicou nos maiores jornais do país e a resposta que a ACT e a Fundação do Câncer deram.

Também mudamos a coluna Economia, que agora passará a dar destaque para a notícia e/ou artigo do mês.

Torcemos para que o mês de maio, com o Dia Mundial Sem Tabaco, traga boas notícias para a área. Afinal, a esperança é a última que morre.

Abraços,

Paula Johns
 
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Vera Luiza da Costa e Silva, Coordenadora do Centro de Estudos do Tabagismo e Saúde (CETAB)

A epidemiologista Vera Luiza da Costa e Silva, ex-diretora do programa Iniciativa Livre do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde, inaugurou recentemente o Centro de Estudos do Tabagismo e Saúde (CETAB). O CETAB faz parte da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz, e começa com a área de controle do tabaco, alinhando-se a entidades parceiras na implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco da OMS. Ele será um importante polo de reflexão às políticas brasileiras de controle do tabagismo a partir de pesquisas realizadas em áreas prioritárias, atividades de ensino para atender às demandas necessárias, e através de cooperação técnica não só com agências federais, estados e municípios, mas com países de língua portuguesa e da América Latina.
Vera Luiza conversou com o Boletim da ACT sobre o novo centro e os rumos da política de controle do tabaco no país, que enfrenta uma forte pressão da indústria do tabaco e seus aliados.

ACT: A Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz inaugurou o CETAB, com foco no tabaco. Como é o trabalho do CETAB?
Vera Luiza da Costa e Silva: A ENSP está antenada com os desafios da redução de morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis, no Brasil e no mundo, e muitas linhas de pesquisa já vêm sendo desenvolvidas por pesquisadores da escola nos diversos temas relacionados.

A criação do CETAB tem o objetivo de estabelecer um pólo de reflexão envolvendo estes pesquisadores e adicionalmente buscar novos recursos humanos e financeiros para responder às grandes perguntas necessárias ao estabelecimento de políticas públicas nesta área.

ACT:  O CETAB vai trabalhar outros fatores de risco para doenças crônicas? Quais?
Apesar do seu nome explicitar apenas a área de controle do tabaco, o CETAB tem como mandato abordar os fatores de risco das doenças crônicas, seguindo o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-­‐2022, pactuado pelo governo brasileiro.

A vantagem é que com a área de tabaco, temos um modelo para o controle dos fatores de risco das DCNTs, com uma serie de lições que podem ser seguidas. No entanto, as linhas de pesquisa neste tema ainda são pouco priorizadas pelas agências de fomento quanto à oferta de financiamento e pouco valorizadas, abordadas e sistematizadas pela Academia e grupos de interesse da saúde coletiva.
Um exemplo disto é o fato de que a disciplina pós-graduação que oferecemos na ENSP desde 2012, sobre fatores de risco de DCNTs - tabaco, álcool, atividade física e alimentação, vem sendo procurada cada vez mais por profissionais de saúde da rede, mostrando a grande demanda reprimida por formação na área.

Estamos em contato com profissionais que já desenvolvem trabalhos nestes temas para convidá-los a oferecer aulas na nossa disciplina e já introduzimos o controle do uso excessivo do álcool em uma de nossas pesquisas. Vamos prosseguir tentando criar também um polo de reflexão sobre os grandes desafios nestes diversos temas no CETAB.

ACT:  A indústria do tabaco continua tendo uma atuação importante na economia e continua fazendo um lobby pesado para impedir medidas de controle do tabaco. O que mudou na indústria? Alguma coisa mudou?

VLCS: A agressividade cada vez maior das empresas fumageiras, influenciando negativamente o processo de saúde publica, mostra que, de uma certa maneira, parecemos estar trabalhando na direção certa. Repousamos em um programa sólido, de abordagem multissetorial, com trabalho intenso e de ponta da Comissão Nacional de Implementação da Convenção Quadro (Conicq) e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), um marco regulatório impecável da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com impacto já mensurável na mortalidade por doenças crônicas no país reportado de forma exemplar pela Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde. Também temos o papel de peso da sociedade civil, constituída em torno da ACT.

No entanto, a indústria vem usando também de ação interssetorial, só que contra a saúde publica brasileira, com grupos de fachada em todos os setores, segmentos e áreas da sociedade: representantes de panificadoras, hotéis, bares e restaurantes, grupos de pressão no Congresso Nacional, grupos de pressão no Judiciário, no Executivo, nos estados e municípios, na mídia impressa, televisiva e virtual. Pior, na Academia, em grupos de saúde publica do país, forjando dados, tentando reinventar uma ciência falsa que visa somente lucros.

Além disto, gostaria de compartilhar uma inquietude: a fumicultura, os plantadores de fumo e a discussão dos processos de diversificação vêm ganhando espaço progressivo na agenda do setor saúde com perspectivas de equacionamento no longo prazo e com necessidade de serem regadas com muita pesquisa e estudos de impacto, sustentabilidade e possibilidades reais de substituição (e não apenas de diversificação) do cultivo do tabaco.

ACT: E como a indústria age?

VLCS: O uso que a indústria faz deste expediente através da Câmara Setorial do Fumo do Ministério da Agricultura e de grupos de pressão para capturar a atenção da mídia, governos estaduais e do Congresso Nacional e levantar a urgência de respostas para o tema pela CONICQ, pode estar sendo uma estratégia para pressionar os atores de controle do tabagismo para uma reação imediata e, assim, desviar a atenção do governo das medidas de redução da demanda que são mais custo efetivas e sobre as quais o setor saúde pode ter mais influência e poder de implementação. Neste sentido, acho que temos que ser muito cuidadosos para, sem perdermos de vista o plantador de fumo e suas necessidades nas esferas de saúde, sociais e de meio ambiente, mantermos nosso foco central nas políticas de redução da demanda, já que recursos humanos e financeiros são escassos do nosso lado. 

ACT:  O Ministro da Saúde editou uma portaria incentivando o tratamento do tabagismo nas unidades básicas de saúde. É uma portaria importante? Não seria melhor aprovar leis para evitar a iniciação de jovens?

VLCS:  Acabo de publicar na coluna Opinião do Globo, dando meu parecer sobre esta portaria. Acho que ela “enxuga gelo” na medida em que não dá conta do apelo e pressão da medicalização em detrimento do aconselhamento ao fumante nos programas de cessação, não prevê campanhas de esclarecimento ao fumante sobre suas possibilidades de deixar de fumar e não atende a debilidade das linhas telefônicas nacionais --- Disque parar de fumar.

Acho que os programas de cessação são necessários, mas devem ser integrais. Além disto, projetos que criem medicamentos genéricos com este fim devem ser priorizados, através de tecnologias que permitam que se produzam gomas de mascar e adesivos como medicamentos.
Finalmente, a cessação deve fazer parte de um programa mais amplo e no momento, temos prioridades absolutas na agenda nacional, como a regulamentação da lei 12.546/2011 e a defesa da ANVISA, que ainda não foram abordadas.

ACT: Quais são os  desafios futuros no controle do tabagismo?

Continuam sendo vários. Alguns destes grandes desafios, no entanto, têm urgência de serem abordados:

  • Regulamentação da lei 12.546/2011 que trata de ambientes livres de fumo para todo o país e da proibição da propaganda de cigarros nos pontos de venda. A lei completou 16 meses sem regulamentação, sem cumprimento, sem qualquer perspectiva de fiscalização. Quem responde por isto? Como podemos medir a interferência da indústria fumageira neste processo e que políticas poderão garantir que a saúde publica seja prioritária nas decisões de gabinete?
  • A Resolução da Anvisa sobre aditivos continua correndo perigo. A Anvisa derrubou a liminar mas várias outras ações ainda estão tramitando, inclusive no Supremo Tribunal Federal e também no âmbito do legislativo – há um PDC federal que tenta derrubar a resolução da ANVISA – PDC 3034/2010. Fora isto, o poder regulador da ANVISA na área do tabaco tem sido desafiado. Como impedir este deserviço a saúde publica?
  • Ratificar o protocolo do contrabando e implementar suas medidas.
Marketing da indústria ainda pouco fiscalizado: cenas de fumantes de cigarros e cigarros eletrônicos na TV e na indústria do cinema, programas de responsabilidade corporativa social, incluindo recente discussão sobre financiamento de atividades de grupos do Poder Judiciário, promoções sedutoras em pontos de venda, o desafio do cumprimento das leis e resoluções no espaço virtual, os novos produtos de tabaco como os narguiles ganhando mercado junto aos jovens.
 
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Petição online

Com o objetivo de continuar pressionando o governo para apresentar a regulamentação do artigo 49 da lei 12.546/2011, que trata de ambientes livres de fumo para todo o país e proíbe a propaganda de cigarros nos pontos de venda, a ACT preparou uma petição online sobre o assunto. Para saber mais sobre o assunto, assinar e divulgar, acesse:
http://migre.me/dWdFc

Entidades internacionais mandam carta à presidência da República

Entidades internacionais de controle do tabagismo enviaram uma carta à presidente Dilma Rousseff, com cópia para os ministros da saúde, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no último dia 15. No texto, o grupo expressa preocupação em relação ao cumprimento da meta estipulada pelo próprio governo, de redução no número de fumantes de 15% para 9% da população, até 2022, e cobra uma posição mais clara das autoridades federais sobre o assunto. Assinam o documento a Corporate Accountability International, Framework Convention Alliance, International Union Against Tuberculosis and Lung Disease, Instituto de Controle de Tabaco Internacional Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Campaign for Tobacco-Free Kids, Fundação InterAmericana do Coração e World Lung Foundation.

A carta está disponível no nosso site, no link: http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/798_Brazil_carta_internacional.pdf

Saúde não se negocia

Este é o nome do encontro que reuniu, na Argentina, representantes de organizações de 12 países latino-americanos, para discutir as ações de interferência da indústria do tabaco na política pública. A vice-diretora da ACT, Mônica Andreis, participou do encontro, dias 22 e 23 de abril, e fez uma apresentação sobre as estratégias da indústria do tabaco no Brasil.

Denize para de fumar

A seção do blog da ACT sobre Denize, nossa secretária que resolveu parar de fumar, vai de vento em popa e ela está mesmo sem fumar, apesar de algumas recaídas. Acompanhe suas histórias, estimule-a a continuar sem cigarro e a ter uma vida mais saudável. Nosso blog é acessado no link http://blog.actbr.org.br

 
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POLÍTICAS DE CONTROLE DO TABAGISMO
Foram prorrogadas até 7 de junho as inscrições para o curso da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de atualização em políticas de controle do tabagismo. Coordenado pelas pesquisadoras Silvana Rubano Barreto Turci e Vera Luiza da Costa e Silva, o curso pretende formar profissionais de saúde do SUS, principalmente aqueles que trabalham para a efetivação de políticas para o controle do tabaco nas secretarias estaduais e municipais de saúde.
Informações e inscrições no link: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/32467

OBJETIVOS DO MILÊNIO
As Nações Unidas estão fazendo uma mobilização para que a população mundial escolha quais os mais importantes objetivos de desenvolvimento do milênio após 2015. Essa é uma oportunidade de escolhermos a inclusão das medidas da Convenção Quadro nas metas.  Acesse http://www.myworld2015.org e participe.

XXII Congresso Brasileiro da ABEAD
Estão abertas as inscrições para o evento, que será de 4 a 7 de setembro, em Búzios, Rio de Janeiro. Este ano, o tema principal serão as controvérsias sobre tratamento da dependência química. Mais informações no link http://www.metodorio.com.br/abead2013/http://www.metodorio.com.br/abead2013/

 
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CIGARRO CAUSA MAIS CÂNCER EM MULHERES
Terra Brasil, 01/05/2013
Uma pesquisa feita por cientistas noruegueses 19% mais risco de desenvolver esse tipo de câncer que as não fumantes, enquanto entre os homens o cigarro aumenta esse risco em 9%. O risco de desenvolver a doença mostrou-se especialmente alto entre mulheres que começaram a fumar aos 16 anos ou mais jovens e aquelas que fumaram durante décadas.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=2320

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ANVISA VAI REVER LISTA DE ITENS PROIBIDOS EM CIGARRO 
O Estado de S. Paulo, 19/04/2013
A lista de itens proibidos de serem adicionados ao cigarro brasileiro poderá ser reduzida e 140 itens podem ter seu uso liberado.  A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  reviu a lista no último sábado.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=2318

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O SEGREDO DA SOUZA CRUZ
Isto É Dinheiro, 13/04/2013
A matéria tenta passar a imagem de que a Souza Cruz é uma empresa rigidamente regulamentada e que, mesmo assim, é uma das mais lucrativas do País. Nos últimos dez anos, seu faturamento mais do que dobrou, chegando a R$ 6,1 bilhões em 2012. Seus acionistas embolsaram R$ 12 bilhões em dividendos. 
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=2319

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AGU DEFENDE PROIBIÇÃO DE CIGARROS COM ADITIVOS 
Carta Capital, 01/04/2013
A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a sua manifestação pela constitucionalidade do poder de regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a proibição de aditivos com sabor em cigarros.
http://www.actbr.org.br/comunicacao/noticias-conteudo.asp?cod=2314

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A coluna do médico Dráuzio Varella, publicada na Folha de S. Paulo, em 06/04/2013, com o título Indiferença Inexplicável, foi o destaque em abril. Ele fala do descaso do governo federal com a política de controle do tabagismo com a questão dos aditivos nos cigarros. Leia a seguir:

Para quem está habituado a genocídios, que diferença faz um crime a mais?

Em 2010, a Anvisa realizou uma série de consultas públicas sobre a conveniência de proibir a adição de aromatizantes e edulcorantes ao fumo. Na época, escrevi nesta coluna que a medida conseguia a proeza circense de ser a um só tempo corajosa e covarde.

Corajosa porque finalmente o governo federal tomava a iniciativa de enfrentar a ganância criminosa dos que adicionam ao cigarro uma parafernália de substâncias químicas, para tornar a fumaça menos aversiva ao paladar infantojuvenil.

Covarde porque não tem cabimento uma agência governamental legalmente encarregada de proteger a saúde dos brasileiros ser obrigada a consultar o público para coibir uma prática adotada com a finalidade exclusiva de induzir crianças e adolescentes à mais escravizadora das dependências de droga.

Apesar desses pesares, em março de 2012, a Anvisa publicou a resolução RDC nº 14, segundo a qual continuavam permitidos os aditivos essenciais ao processo de fabricação de cigarros, mas seriam vetados aqueles introduzidos para deixá-lo mais palatável.

Para a adaptação às novas regras foram fixados prazos generosos: 18 meses para os fabricantes e 24 meses para os comerciantes.

Essa questão é da maior relevância. Até a década de 1970 o emprego de aditivos era muito restrito; hoje são acrescentados mais de 600 deles. Perto de 10% do peso de um cigarro é composto por aditivos de efeitos mal estudados e imprevisíveis para o organismo.

Pertencem a essa categoria produtos que conferem gosto de maçã, chocolate, cravo, morango, canela, baunilha ou menta. Outros, provocam broncodilatação para que a fumaça penetre mais fundo nos pulmões. Há, ainda, os que aumentam a afinidade dos neurônios à nicotina, para viciar com mais eficiência.

O mentol, especificamente, adicionado para anestesiar as vias aéreas e diminuir a irritação causada pela fumaça, além de aumentar a permeabilidade da mucosa oral às nitrosaminas cancerígenas liberadas na combustão, é o preferido por mais de 50% das meninas e meninos que começam a fumar.

A resolução da Anvisa foi contestada pelo deputado Luiz Carlos Heinz, por meio do PDC 3034/2010, que está para ser votado em Brasília. Em síntese, o nobre representante do povo contesta a autoridade da Anvisa para legislar sobre o tema. A alegação é a ladainha de sempre: como o fumo gera riquezas para o país, qualquer tentativa de reduzir seu consumo levaria à miséria milhares de famílias empregadas no plantio.

A Advocacia Geral da União já se pronunciou a favor da legalidade constitucional do papel da Anvisa nessa questão.

Em relação ao famigerado argumento das riquezas geradas pelo fumo, vamos lembrar que o Brasil gasta mais de R$ 20 bilhões por ano apenas com o tratamento das doenças causadas por ele, enquanto arrecada em impostos menos de um terço desse valor.

Já em relação ao desemprego dos pobres lavradores --bandeira que a bancada do fumo no Congresso desfraldou até para justificar sua posição contrária à proibição de fumar em ambientes fechados--, quero dizer que, se todos os brasileiros deixassem de fumar, seriam eles os menos prejudicados, uma vez que somos o segundo maior exportador mundial.

Mais desemprego haveria entre cancerologistas, cardiologistas, pneumologistas, cirurgiões, enfermeiras, atendentes, acompanhantes de inválidos, fabricantes de respiradores, balões de oxigênio, cadeiras de rodas, motoristas de ambulâncias, coveiros e demais envolvidos nas tragédias provocadas pelo cigarro.

Reconheço que consigo entender o papel desprezível dos parlamentares que se prestam a defender os interesses da indústria. Eles o fazem por questões práticas, como os financiamentos de campanhas eleitorais ou seja lá que outro nome tenham. O que é inadmissível é a inércia do poder Executivo.

Por que o Ministério da Saúde e a própria Anvisa sequer acompanham as sessões da Câmara em que o assunto está para ser votado? Por que razão a Casa Civil se abstém de convocar a maioria que detém no Legislativo, para impedir essa afronta à saúde dos brasileiros? Além das barganhas por ministérios, qual a serventia da base aliada?

 

 
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Câncer. Com ele todo mundo sai perdendo. 
A agência Havas Worldwide criou, voluntariamente, um anúncio para a ACT, que  fez sucesso imediato nas redes sociais  a partir de sua publicação, em 4 de abril.  A peça respondeu anúncio publicado pela Souza Cruz, dois dias anos, nos maiores jornais do país, sobre pontos de vendas. A Fundação do Câncer assinou a peça com a ACT.

No Facebook da ACT, o anúncio teve quase 28 mil views e foi compartilhado por mais de 340 pessoas. No Facebook do #LimiteTabaco, atingiu quase 12 mil pessoas e teve 115 compartilhamentos.   O jornal O Dia, do Rio de Janeiro, publicou o anúncio gratuitamente, e informativos sobre propaganda e marketing discutiram o caso, mostrando a rapidez da resposta da ACT, já que o anúncio da Souza Cruz saiu dois dias antes.

O anúncio da Souza Cruz, que agora começa a ser exposto em pontos de venda, é um exemplo do cinismo mostrado pelas tabageiras, que só assumiram os riscos de seus produtos quando obrigadas por lei, e ainda acham que tabagismo passivo é “controverso”. Nas entrelinhas do texto da peça, fica claro que as empresas de tabaco precisam anunciar e expor seus produtos nos pontos de venda, um espaço nobre para essas empresas. Estudos afirmam que o ponto de venda é a única mídia que reúne os três elementos essenciais para uma compra: consumidor, dinheiro e produto. No Brasil, 85% das compras são decididas no interior desses pontos comerciais, não são planejadas  anteriormente.

De fato,  vemos que essas empresas cada vez mais investem em pontos de venda, de  maneira bem chamativa, atraindo crianças e adolescentes.  É bom ressaltar, também, que embalagem é propaganda, é marketing. Ao expor cigarros em displays cada vez maiores e mais coloridos, as empresas conseguem chamar a atenção para seus produtos.

 

 
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Ficha Técnica

Realização: ACT - Aliança de Controle do Tabagismo
Apoio: IUATLD – TFK
Jornalista responsável: Anna Monteiro - anna.monteiro@actbr.org.br

 
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