Projeto coordenado pela Escola de Enfermagem da UFMG reúne dados sobre a comercialização de alimentos em escolas brasileiras

09.06.22


Universidade Federal de Minas Gerais

As crianças e os adolescentes passam no mínimo um terço do dia na escola e fazem de uma a duas refeições nesse ambiente, tornando-o estratégico na formação de hábitos alimentares. Pensando nisso, o projeto Comercialização de Alimentos em Escolas Brasileiras (Caeb), coordenado pela professora Larissa Loures Mendes, do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG, pretende reunir informações sobre a comercialização de alimentos e bebidas em cantinas e lanchonetes de escolas privadas e no entorno dessas unidades de ensino.

O projeto, em parceria com o instituto Vox Populi, vai avaliar o ambiente alimentar das escolas do ensino fundamental e médio de grandes cidades brasileiras. Para isso, serão entrevistados proprietários ou gestores das cantinas escolares e do comércio ambulante de alimentos no entorno dessas escolas.

Nove cidades fazem parte da pesquisa, que já foi iniciada: Aracaju (SE), Belém (PA), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Niterói (RJ), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). O estudo será feito entre os meses de maio e novembro, com aplicação de um questionário para uma amostra de cerca de mil escolas.

Segundo a professora Larissa Loures, as escolas foram selecionadas por sorteio e a participação na pesquisa acontece mediante a livre concordância do proprietário, ou gestor responsável pela cantina, e dos comerciantes ambulantes: “Os dados obtidos serão analisados com a finalidade de embasar a criação de propostas que contribuam para escolhas alimentares mais saudáveis pelos alunos. Serão coletadas informações sobre preço, disponibilidade e qualidade dos alimentos e bebidas comercializados. Os dados individuais de cada cantina, escola participante ou comerciante ambulante serão tratados de forma sigilosa e não serão divulgados”.

A professora explica, ainda, que dois meses após a coleta dos dados, os estabelecimentos participantes receberão gratuitamente um diagnóstico sobre a situação da sua atividade de comércio de alimentos e bebidas nas escolas. Essas informações também serão tratadas de modo confidencial e serão compartilhadas apenas com o gestor responsável pelo comércio, que foi a pessoa que respondeu à pesquisa. “O diagnóstico inclui um esquema de fácil visualização que mostra o percentual de alimentos in natura, minimamente processados e ultraprocessados oferecidos pelos estabelecimentos. A devolutiva indica os pontos críticos desse comércio e fornece dicas de como melhorar o negócio, tornando-o mais alinhado às últimas recomendações para uma alimentação adequada e saudável. Por fim, o participante da pesquisa receberá um guia prático do modelo de negócios da cantina saudável em formato de e-book”.

O estudo é coordenado por um grupo de pesquisadores vinculados a seis universidades públicas brasileiras: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Sergipe (UFS). É financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o apoio da ACT Promoção da Saúde, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e do Instituto Desiderata.

https://ufmg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/release/projeto-coordenado-pela-escola-de-enfermagem-da-ufmg-reune-dados-sobre-a-comercializacao-de-alimentos-em-escolas-brasileiras




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