Mais artigos e pesquisas relevantes sobre cigarros eletrônicos e tabaco aquecido

 

1. IQOS

Pesquisa que trata sobre o IQOS, tipo de dispositivo de tabaco aquecido, no contexto de aumento dos cigarros eletrônicos, além dos riscos à saúde de produtos de tabaco aquecido: o artigo menciona os resultados de um estudo independente, que identificou elementos químicos causadores de câncer na fumaça do IQOS, tão prejudiciais à saúde quanto aqueles presentes na fumaça do cigarro. Além disso, o mesmo estudo aponta que os níveis de nicotina presentes na fumaça do IQOS são similares aos presentes na fumaça do cigarro.

 

Acesse a pesquisa na íntegra aqui.

Referência: Brian P. Jenssen, Susan C. Walley, Sharon A. McGrath-Morrow, ‘Heat-not-Burn Tobacco Products: Tobacco Industry Claims No Substitute for Science’, publicado em janeiro/2018, vol. 141, issue 1, Pediatrics Perspective.

 

 

2. Modelo de Impacto à Saúde da População

Artigo da Universidade da Califórnia trata sobre o “Modelo de Impacto à Saúde da População” [tradução livre para Population Health Impact Model - PHIM] da Philip Morris, que pretende estimar o potencial impacto na saúde pública de comercializar o IQOS como um produto de tabaco de risco modificado (MRTP). Porém, segundo o artigo, a Philip Morris não atendeu ao pressuposto de demonstrar que o produto beneficiaria a saúde da população como um todo ou que promoveria saúde pública, uma vez que o PHIM fez diversas suposições questionáveis, deixando de fora importantes medidas de impacto à saúde, além de se ater ao resultado de pesquisas financiadas pela indústria do tabaco. O modelo ignora os riscos do IQOS a terceiros, como é o caso dos fumantes passivos, além de comparar a redução de risco somente com relação ao cigarro, sem considerar os cigarros eletrônicos, por exemplo. O modelo da Philip Morris também assume que os fumantes migrarão para o uso exclusivo do IQOS e não de se tornarão usuários duplos do dispositivo e de cigarros convencionais, o que não seria uma suposição razoável.

 

Acesse o artigo na íntegra aqui.

Referência: Wendy Max, PhD, Lauren Lempert, JD, Hai-Yen Sung, PhD, James Lightwood, PhD, Yingning Wang, PhD, and Tingting Yao, PhD , ‘Philip Morris’s Population Health Impact Model Based on Questionable Assumptions and Insufficient Health Impact Measures Does Not Adequately Support its MRTP Application’, publicação da University of California San Francisco, em 22 de novembro de 2017,

 

 

3. Contradição entre a hipótese dos cigarros eletrônicos auxiliarem a cessação do fumo ao mesmo tempo em que facilitam o uso por não fumantes

Estudo feito nos Estados Unidos, antes da introdução do Juul no mercado, que visa analisar a contradição entre a possibilidade de os cigarros eletrônicos poderem ajudar os fumantes a largarem o cigarro ao mesmo tempo em que facilitariam o uso de cigarros por não fumantes. A ideia do estudo foi sopesar os benefícios e os malefícios causados pelo cigarro eletrônico na população.

A conclusão foi que os males causados pelo cigarro eletrônico superam os seus benefícios: o modelo estimou que 2.070 adultos, atualmente fumantes, com idades entre 25 e 69 anos, deixariam de fumar em 2015 e permaneceriam abstinentes por mais de sete anos com o uso de cigarros eletrônicos em 2014. Entretanto, o modelo também estimou que 168.000 adolescentes de 12 a 17 anos, que nunca fumaram, e adultos jovens de 18 a 29 anos iniciariam o fumo em 2015 e eventualmente se tornariam fumantes diários de 35 a 39 anos por meio do uso de cigarros eletrônicos em 2014. 

Com base nas evidências científicas existentes relacionadas a cigarros eletrônicos e suposições otimistas sobre os danos relativos ao seu uso em comparação com o consumo de cigarros convencionais, o uso de cigarros eletrônicos atualmente representa mais danos a nível populacional do que benefícios. São necessários esforços nacionais, estaduais e locais eficazes para reduzir o uso de cigarros eletrônicos entre jovens e adultos, a fim de proporcionar um benefício a nível da população no futuro.

 

Acesse o artigo na íntegra aqui.

Referência: Samir S. Sonejo and other, 'Quantifying population-level health benefits and harms of e-cigarette use in the United States', publicado em 14 de março de 2018.

 

 

4. Exposição a metais tóxicos

Artigo cujo objetivo foi investigar a transferência de metais da bobina aquecida para o líquido contido no cigarro eletrônico e a geração de aerossol. Os cigarros eletrônicos geram aerossol por meio do aquecimento de uma solução (chamada de líquido, “e-liquid”), através de uma bobina aquecida. As conclusões do estudo indicam os cigarros eletrônicos são uma potencial fonte de exposição a metais, que são tóxicos quando inalados.

 

Acesse o artigo na íntegra aqui.

Referência: Olmedo P, Goessler W, Tanda S, Grau-Perez M, Jarmul S, Aherrera A, et al.2018. Metal concentrations in e-cigarette liquid and aerosol samples: the contribution of metallic coils. Environ Health Perspect 126(2):027010, PMID: 29467105, 10.1289/EHP2175.

 

 





Campanhas



Faça parte

REDE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Um dos objetivos da ACT é consolidar uma rede formada por representantes da sociedade civil interessados em políticas públicas de promoção da saúde a fim de multiplicar a causa.


CADASTRE-SE