Hospitais devem notificar Anvisa sobre casos relacionados ao uso de cigarro eletrônico

01.10.19


G1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou a 252 instituições de saúde do Brasil que enviem alertas sobre relatos de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. Para a agência, esta ação deve reduzir os riscos de que aconteça no país o mesmo que nos Estados Unidos, onde pelo menos onze pessoas morreram por causa de doenças pulmonares severas relacionados a esse hábito.

 

"A ação tem como objetivo reunir informações para antecipar e prevenir uma crise de saúde como a que tem sido noticiada nos Estados Unidos, onde há casos de uma doença respiratória grave, levando a óbitos, associada ao uso desses dispositivos", disse a Anvisa em nota.

 

 

Os profissionais da saúde dos hospitais que integram a Rede Sentinela vão colher o relato de pacientes que apresentarem sintomas que possam estar ligados ao uso do dispositivo. Essas informações vão fazer parte de um diagnóstico nacional.

Usuário de cigarro eletrônico; doença pulmonar não identificada está ligada ao produto — Foto: Christopher Pike/Reuters

Usuário de cigarro eletrônico; doença pulmonar não identificada está ligada ao produto — Foto: Christopher Pike/Reuters

Usuário de cigarro eletrônico; doença pulmonar não identificada está ligada ao produto — Foto: Christopher Pike/Reuters

 

No Brasil, o uso do cigarro eletrônico não é proibido, mas a comercialização e a propaganda são. Por aqui, seu uso já é observado em várias cidades brasileiras. Em um parecer de 2017, a Anvisa informou que o cigarro eletrônico transmite uma falsa sensação de segurança ao fumante.

 

Diferença com cigarro comum

Os cigarros tradicionais funcionam por combustão. Já os eletrônicos, por vaporização, e aparecem também na forma de "canetas" com um líquido interno. Utilizam bateria para evaporar uma mistura geralmente feita com álcool, água, glicerina, propilenoglicol e essências.

Trata-se de uma espécie de dispositivo "vaporizador" de aromas, sabores e outros produtos químicos: álcool, glicerina e, na maioria deles, nicotina.

Cigarro comum x cigarro eletrônico: compare o funcionamento de cada um — Foto: Roberta Jaworski/G1

Cigarro comum x cigarro eletrônico: compare o funcionamento de cada um — Foto: Roberta Jaworski/G1

Cigarro comum x cigarro eletrônico: compare o funcionamento de cada um — Foto: Roberta Jaworski/G1

 

Mortes nos EUA

 

Autoridades de saúde pública dos EUA investigam 450 casos de doenças pulmonares relacionadas ao fumo de cigarros eletrônicos em 33 estados e um território norte-americanos.

Várias das doenças registradas podem ter relação com produtos contendo acetato de vitamina E, um óleo que pode ser perigoso se inalado. Entre esses componentes, estão derivados da cannabis.

A tendência nos EUA é banir o cigarro eletrônico com sabor.

https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/10/01/hospitais-devem-notificar-anvisa-sobre-casos-relacionados-ao-uso-de-cigarro-eletronico.ghtml




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