Pesquisa da OMS indica que obesos têm mais chance de serem fumantes

17.05.18


ONUbr

Nova pesquisa indica que pessoas que têm tendência genética ao sobrepeso têm mais chances de começar a fumar e de fumar mais do que a média, de acordo com estudo publicado pelas Nações Unidas nesta quinta-feira (17).

O estudo, realizado por uma agência ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), concluiu que o aumento do índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal e até da circunferência da cintura foi associado a um risco maior de ser fumante e de ter maior intensidade de tabagismo, medida pelo número de cigarros fumados por dia.

Consumo de tabaco custa US$33 bilhões para os sistemas de saúde da América Latina, o equivalente a 0,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Foto: EBC

Consumo de tabaco custa US$33 bilhões para os sistemas de saúde da América Latina, o equivalente a 0,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Foto: EBC

Nova pesquisa indica que pessoas que têm tendência genética ao sobrepeso têm mais chances de começar a fumar e de fumar mais do que a média, de acordo com estudo publicado pelas Nações Unidas nesta quinta-feira (17).

De acordo com o pesquisador Paul Brennan, da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), cerca de 70 genes foram identificados pela primeira vez e podem explicar esse comportamento. A agência pertence à Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem o mandato de conduzir pesquisas sobre as causas e prevenção do câncer.

O estudo, publicado na revista British Medical Journal e financiada pelo Cancer Research UK, concluiu que o aumento do índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal e até da circunferência da cintura foi associado a um risco maior de ser fumante e de ter maior intensidade de tabagismo, medida pelo número de cigarros fumados por dia.

“Baseado em marcadores genéticos da obesidade, o estudo nos permite entender melhor a relação complexa entre obesidade e hábitos de fumo importantes”, disse Brennan, especialista em epidemiologia genética da IARC e um dos autores do estudo.

Ele acrescentou que a pesquisa mostrou a relação entre massa corporal e tabagismo, e também sugeriu que havia possivelmente uma “base biológica comum para comportamentos aditivos, como a dependência de nicotina e o maior consumo de energia”.

Brennan também observou que, ao entender melhor o vínculo, o estudo também pode ser uma ferramenta útil para ajudar as pessoas a pararem de fumar — um hábito que mata mais de 7 milhões de pessoas a cada ano, de acordo com a OMS.

É conhecido o fato de que os fumantes têm um peso corporal menor em média do que os não fumantes, possivelmente devido à redução do apetite, mas muitos ganham peso depois de pararem de fumar.

“No entanto, entre os fumantes, aqueles que fumam mais intensamente tendem a pesar mais”, disse o estudo.

O diretor da IARC, Christopher Wild, disse que “a prevenção do tabagismo é fundamental para reduzir a carga global de câncer e outras doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e diabetes”.

Ele acrescentou que a obesidade estava entre as causas evitáveis ​​mais importantes dessas doenças crônicas. “Estes novos resultados fornecem intrigantes descobertas sobre os benefícios potenciais de abordar conjuntamente esses fatores de risco”.




VOLTAR



Campanhas



Faça parte

REDE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Um dos objetivos da ACT é consolidar uma rede formada por representantes da sociedade civil interessados em políticas públicas de promoção da saúde a fim de multiplicar a causa.


CADASTRE-SE