Agosto Branco: o que precisamos saber para enfrentar o câncer de pulmão

13.08.21


UOL

Instituído há cinco anos, o Agosto Branco visa despertar nossa consciência em relação ao mais inconsciente (e vital) dos nossos atos: respirar. Para isso, coloca em foco o câncer de pulmão. Grave e sorrateiro, desde 1985 ele é o primeiro câncer em mortalidade no mundo. No Brasil, desponta como o segundo mais comum em homens e mulheres. A jornada que impõe ao paciente é complexa e desafiadora. Porém, possível de ser enfrentada com sucesso, sobretudo se houver diagnóstico precoce.

Não que seja fácil obtê-lo - geralmente, os sintomas ocorrem quando o câncer já avançou. "Isso acontece porque temos um sistema de redundância pulmonar, que permite o crescimento e alastramento da doença sem causar impacto na respiração", explica Dr. Felipe Marques, médico pneumologista, especialista em doenças pulmonares intersticiais e terapia intensiva, chefe da equipe Copan de Pneumologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Entretanto, algumas pessoas em estágio inicial apresentam os seguintes sinais:

  • Tosse (geralmente seca) e contínua por mais de três semanas;
  • Nos fumantes, a tosse crônica muda, tornando-se mais intensa ou ocorrendo em horário incomuns;
  • Escarro com sangue;
  • Dor contínua no peito;
  • Rouquidão por mais de uma semana;
  • Inchaço no pescoço ou na face;
  • Falta de ar em atividade cotidianas, como tomar banho (ou até em repouso);
  • Perda repentina de peso e apetite;
  • Pneumonias de repetição (mal curadas) ou bronquite;
  • Cansaço/Fraqueza;
Imagem: Divulgação

Você sabia?

Apesar de o tabagismo figurar como principal causa do câncer de pulmão, vários outros fatores podem favorecer o desenvolvimento da doença, mesmo para quem nunca fumou. São eles:

  • Tendência genética e histórico familiar de câncer de pulmão;
  • Infecções pulmonares de repetição;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica);
  • Deficiência ou excesso de vitamina A;
  • Tratamento radioterápico na região torácica;
  • Poluição;
  • Exposição a agentes químicos ou físicos (exemplos: asbesto, sílica, urânio, cromo, etc. e trabalho em indústria nuclear, de mineração e de metais pesados, entre outras);

Você sabia?

Imagem: Divulgação

Por isso, mais do que ter atenção a eventuais sintomas, é preciso antecipar-se a eles. A melhor forma de fazê-lo é por meio do rastreio de pacientes de alto risco. "Ou seja, realizando anualmente tomografias de tórax de baixa dose em adultos, entre 50 e 80 anos, que há pelo menos 20 anos fumam um maço por dia - ou que pararam de fumar há menos de 15 anos", especifica o Dr. Felipe.

Assim, quanto mais cedo se souber da doença, mais rapidamente será identificado o seu tipo. Dois são os principais, segundo a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (em inglês, ASCO - American Society of Clinical Oncology):

  • Câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) - pode surgir a partir de células epiteliais, representando 80% a 85% do total de casos de tumores pulmonares.
  • Câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) - tende a crescer e se disseminar mais rápido, representando 15% dos cânceres de pulmão.

"Pacientes com câncer pulmonar descoberto precocemente têm 90% de chances de permanecerem vivos após 5 anos do diagnóstico, enquanto aqueles com doenças metastáticas, as chances caem para menos de 10%."

O tratamento depende do tipo e do estágio da doença, que pode ser combatida com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia (ou com essas modalidades combinadas entre si). Em reforço a essa tríade, duas inovações têm se destacado na luta contra o câncer de pulmão: a terapia-alvo e a imunoterapia.

Segundo o Instituto Oncoguia, a terapia-alvo funciona como um míssil teleguiado, atacando as células cancerígenas de maneira específica e provocando pouco dano às células normais. Já a imunoterapia, de acordo com o Hospital A. C. Camargo Câncer Center, auxilia o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer. "Ambas têm sido responsáveis, nos últimos 10 anos, por uma verdadeira revolução no tratamento do câncer de pulmão, prolongando drasticamente a sobrevida dos pacientes com doença avançada", salienta Dr. Felipe.

Um ganho imensurável, ainda mais no contexto da árdua jornada do paciente de câncer de pulmão, que começa na dificuldade na detecção precoce dos sintomas, passa pelo desafio de obter um diagnóstico preciso e desemboca nos obstáculos envolvidos em alcançar tratamentos e médicos adequados.

É por isso que a luta contra o câncer de pulmão exige um grupo multidisciplinar de especialistas - oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, radioterapeuta, fisioterapeuta, nutricionista. E, em tempos de pandemia, requer cuidados redobrados. Primeiro, na observação dos sintomas, que guardam semelhanças entre COVID-19 e câncer de pulmão.

Por exemplo: ambas doenças causam tosse e falta de ar. Porém, de acordo com o Hospital do Câncer do Pernambuco, no caso do coronavírus, a tosse seca perdura por volta de 15 dias e vem associada a outros sintomas, como febre. Já no câncer de pulmão, a tosse não desaparece sem o início do tratamento oncológico.

"É importante ter um pneumologista para avaliar, pois as imagens de um pulmão com COVID-19 e com câncer podem se assemelhar em alguns aspectos", alerta. O especialista chama, ainda, a atenção para estudo realizado pelo A. C. Camargo Câncer Center no primeiro semestre de 2021, segundo o qual pacientes com câncer de pulmão têm quatro vezes mais chances de morrer se forem infectados pelo novo coronavírus.

Material destinado a todos os públicos. Produzido em agosto/2021. BR- 14242

Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para AstraZeneca e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL, publicado em Agosto de 2021.

https://www.uol.com.br/vivabem/conteudo-de-marca/2021/08/13/astrazeneca-cancer-de-pulmao.htm?utm_source=uol.com.br&utm_medium=nativeconteudo




VOLTAR



Campanhas



Faça parte

REDE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Um dos objetivos da ACT é consolidar uma rede formada por representantes da sociedade civil interessados em políticas públicas de promoção da saúde a fim de multiplicar a causa.


CADASTRE-SE