O que são ODS da ONU, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da Agenda 2030?

14.03.22


O Globo

RIO — Você certamente já ouviu alguma vez a sigla ODS. Não em uma conversa de bar, ainda, mas em uma reunião corporativa, uma palestra ou até em um evento internacional provavelmente. Os tais de ODSs – geralmente usamos no plural — é a abreviação de Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e vem originalmente do inglês Sustainable Development Goals (SDGs).

O termo se refere a um conjunto de medidas elaboradas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para proteção do meio ambiente, diminuição da pobreza e melhora da qualidade de vida na sociedade, isso em nível global.  

Ao todo, são 17 proposições e 169 metas que fazem parte da Agenda 2030 e que se propõem a ser um guia para ações efetivas de empresas, governos e sociedade civil.  As propostas envolvem prioridades como redução de desigualdades, crescimento econômico inclusivo e padrões sustentáveis de produção. 

 

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Ondas atingem um paredão em frente a edifícios em Taizhou, província de Zhejiang, leste da China. Os mesmos oceanos que nutriram a evolução humana estão prontos para desencadear a miséria em escala global alerta um projeto de relatório da ONU Foto: - / AFP
Ondas atingem um paredão em frente a edifícios em Taizhou, província de Zhejiang, leste da China. Os mesmos oceanos que nutriram a evolução humana estão prontos para desencadear a miséria em escala global alerta um projeto de relatório da ONU Foto: - / AFP
Alimentadas pelo rio Zambezi, as Victoria Falls (Cataratas de Vitória), na fronteira entre Zâmbia e Zimbábue, no Sul da África, enfrentaram, em 2019, a pior seca já registrada na região em um século. A paisagem, antes marcada pela queda d'água de tirar o fôlego, se tranfromou num grande abismo seco Foto: STAFF / REUTERS
Alimentadas pelo rio Zambezi, as Victoria Falls (Cataratas de Vitória), na fronteira entre Zâmbia e Zimbábue, no Sul da África, enfrentaram, em 2019, a pior seca já registrada na região em um século. A paisagem, antes marcada pela queda d'água de tirar o fôlego, se tranfromou num grande abismo seco Foto: STAFF / REUTERS
Iceberg perto da ilha de Kulusuk, na costa sudeste da Groenlândia. Aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost (tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados) Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP
Iceberg perto da ilha de Kulusuk, na costa sudeste da Groenlândia. Aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost (tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados) Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP
Geleira na região do Everest, no Nepal, no distrito de Solukhumbu, a 140 km a nordeste de Katmandu. As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia Foto: PRAKASH MATHEMA / AFP
Geleira na região do Everest, no Nepal, no distrito de Solukhumbu, a 140 km a nordeste de Katmandu. As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia Foto: PRAKASH MATHEMA / AFP
Imagem fotografada por Steffen Olsen, do Centro de Oceano e Gelo do Instituto Meteorolítico Dinamarquês, mostra cães de trenó andando pela água parada no gelo do mar durante uma expedição no noroeste da Groenlândia. Relatório da ONU sobre oceanos e mudanças climáticas destaca efeitos que China, Estados Unidos, União Europeia e Índia enfrentarão Foto: STEFFEN OLSEN / AFP
Imagem fotografada por Steffen Olsen, do Centro de Oceano e Gelo do Instituto Meteorolítico Dinamarquês, mostra cães de trenó andando pela água parada no gelo do mar durante uma expedição no noroeste da Groenlândia. Relatório da ONU sobre oceanos e mudanças climáticas destaca efeitos que China, Estados Unidos, União Europeia e Índia enfrentarão Foto: STEFFEN OLSEN / AFP

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Calotas polares da Antártica e da Groenlândia perderam uma média de 430 bilhões de toneladas por ano desde 2006, tornando-se a principal fonte do aumento do nível do mar
Foto mostra uma a geleira Apusiajik, perto de Kulusuk, na ilha de Sermersooq, na costa sudeste da Groenlândia Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP
Calotas polares da Antártica e da Groenlândia perderam uma média de 430 bilhões de toneladas por ano desde 2006, tornando-se a principal fonte do aumento do nível do mar Foto mostra uma a geleira Apusiajik, perto de Kulusuk, na ilha de Sermersooq, na costa sudeste da Groenlândia Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP
Dunas ao pé do edifício "Le Signal", em Soulac-sur-Mer, sudoeste da França, estão sendo lavadas devido às importantes marés do Atlântico Foto: JEAN-PIERRE MULLER / AFP
Dunas ao pé do edifício "Le Signal", em Soulac-sur-Mer, sudoeste da França, estão sendo lavadas devido às importantes marés do Atlântico Foto: JEAN-PIERRE MULLER / AFP
Áreas da Nona Ala, em Nova Orleans, inundadas após os furacões Katrina e Rita. O aumento do nível do mar pode deslocar 280 milhões de pessoas em um cenário otimista de um aumento de 2°C na temperatura global em comparação com a era pré-industrial. Com um aumento previsível da frequência de ciclones, muitas megacidades costeiras, bem como pequenas nações insulares, seriam inundadas todos os anos a partir de 2050 Foto: ROBYN BECK / AFP
Áreas da Nona Ala, em Nova Orleans, inundadas após os furacões Katrina e Rita. O aumento do nível do mar pode deslocar 280 milhões de pessoas em um cenário otimista de um aumento de 2°C na temperatura global em comparação com a era pré-industrial. Com um aumento previsível da frequência de ciclones, muitas megacidades costeiras, bem como pequenas nações insulares, seriam inundadas todos os anos a partir de 2050 Foto: ROBYN BECK / AFP
Moradores usam barcos para atravessar um rio Ganges inundado, à medida que os níveis de água nos rios Ganges e Yamuna aumentam, em Allahabad, Índia. Relatório do IPCC diz que chuvas de monção do verão indiano, uma fonte vital para regar as culturas destinadas a alimentar centenas de milhões de pessoas, enfraqueceram significativamente desde 1950, provavelmente devido ao aquecimento do Oceano Índico Foto: SANJAY KANOJIA / AFP
Moradores usam barcos para atravessar um rio Ganges inundado, à medida que os níveis de água nos rios Ganges e Yamuna aumentam, em Allahabad, Índia. Relatório do IPCC diz que chuvas de monção do verão indiano, uma fonte vital para regar as culturas destinadas a alimentar centenas de milhões de pessoas, enfraqueceram significativamente desde 1950, provavelmente devido ao aquecimento do Oceano Índico Foto: SANJAY KANOJIA / AFP
A região do Ártico registrou temperaturas recorde nos últimos anos, com derretimento extenso das camadas de gelo e neve Foto: Evan Vucci / AP
A região do Ártico registrou temperaturas recorde nos últimos anos, com derretimento extenso das camadas de gelo e neve Foto: Evan Vucci / AP

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A elevação dos níveis dos mares também já provocou o desaparecimento de ao menos cinco ilhas nas Ilhas Salomão, país no Oceano Pacífico considerado um dos mais ameaçados pelas alterações climáticas no planeta Foto: REPRODUÇÃO
A elevação dos níveis dos mares também já provocou o desaparecimento de ao menos cinco ilhas nas Ilhas Salomão, país no Oceano Pacífico considerado um dos mais ameaçados pelas alterações climáticas no planeta Foto: REPRODUÇÃO
Um urso polar pula entre pedaços de água congelada no Canadá. O fotógrafo Florian Ledoux capturou o momento usando um drone em agosto de 2018. Animais estão enfrentando uma série de ameaças que estão afetando seu futuro status populacional. "Eles estão entre os primeiros refugiados da mudança climática", escreveu Ledoux Foto: Florian Ledoux
Um urso polar pula entre pedaços de água congelada no Canadá. O fotógrafo Florian Ledoux capturou o momento usando um drone em agosto de 2018. Animais estão enfrentando uma série de ameaças que estão afetando seu futuro status populacional. "Eles estão entre os primeiros refugiados da mudança climática", escreveu Ledoux Foto: Florian Ledoux
Rio sub-glacial vindo de dentro de uma geleira e caindo num grande buraco Foto: Florian Ledoux
Rio sub-glacial vindo de dentro de uma geleira e caindo num grande buraco Foto: Florian Ledoux
Imagem aérea mostra os corais brancos na Grande Barreira de Corais da Austrália, que está sendo destruída pelo aquecimento e acidificação dos mares Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies / Terry Hughes
Imagem aérea mostra os corais brancos na Grande Barreira de Corais da Austrália, que está sendo destruída pelo aquecimento e acidificação dos mares Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies / Terry Hughes
Gelo flutuando na Groenlândia durante o inverno. Local costumava estar completamente congelado durante a estação Foto: Florian Ledoux
Gelo flutuando na Groenlândia durante o inverno. Local costumava estar completamente congelado durante a estação Foto: Florian Ledoux

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Nos EUA, uma comunidade formada por cerca de 600 pessoas no estado do Alasca decidiu mudar de lugar por causa da elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento global Foto: AP / Diana Haecker
Nos EUA, uma comunidade formada por cerca de 600 pessoas no estado do Alasca decidiu mudar de lugar por causa da elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento global Foto: AP / Diana Haecker
Manguezal com 7.400 hectares morreu de "sede" no Golfo de Carpentária, na Austrália Foto: AFP / NORMAN DUKE
Manguezal com 7.400 hectares morreu de "sede" no Golfo de Carpentária, na Austrália Foto: AFP / NORMAN DUKE
Pescador mostra caranguejos capturados por ele em manguezal na Bahia, no Brasil. Espécie vem se tornando cada vez mais escassa à medida que o aquecimento global vem causando o aumento da temperatura da água e, consequentemente, a morte de caranguejos e outros animais em sua cadeia alimentar Foto: NACHO DOCE / REUTERS
Pescador mostra caranguejos capturados por ele em manguezal na Bahia, no Brasil. Espécie vem se tornando cada vez mais escassa à medida que o aquecimento global vem causando o aumento da temperatura da água e, consequentemente, a morte de caranguejos e outros animais em sua cadeia alimentar Foto: NACHO DOCE / REUTERS
No Brasil, o atual período de estiagem no Nordeste, considerado o pior em um século, transformou a barragem mais antiga do país num cemitério de tartarugas Foto: AFP / EVARISTO SA
No Brasil, o atual período de estiagem no Nordeste, considerado o pior em um século, transformou a barragem mais antiga do país num cemitério de tartarugas Foto: AFP / EVARISTO SA
Carcaças de renas mortas cobertas pelo gelo. Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que 80 mil renas morreram na Sibéria por causa das alterações no ciclo das chuvas Foto: Universidade de Oxford
Carcaças de renas mortas cobertas pelo gelo. Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que 80 mil renas morreram na Sibéria por causa das alterações no ciclo das chuvas Foto: Universidade de Oxford

 

 

Onde começou 

O termo ODS foi cunhado pela em setembro de 2015, quando os 193 países membros das Nações Unidas adotaram uma nova política global: a chamada “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Por isso, geralmente os ODSs são relacionados à “Agenda 2030”, que se refere ao ano em que as metas definidas precisam ser atingidas, de modo a elevar o desenvolvimento do mundo e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas.

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Esta não é a primeira vez que o termo “desenvolvimento sustentável” é usado pela ONU. Em 1992, a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92) apresentou um documento conhecido como “Agenda 21”, que se propunha a desenhar um caminho para a melhora do bem-estar humano em todo o planeta, combinando as dimensões social e econômica, e a promoção da proteção ambiental.

Oito anos mais tarde, as propostas da Agenda 21 foram incorporadas à Declaração do Milênio, que continua os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), pactuados em 2000 pelos países membros da ONU para serem alcançados até 2015. 

Em 2012, os países se reuniram mais uma vez, na conferência Rio+20, e começaram a discutir a criação dos ODSs. Mas foi só em 2015 que os ODSs foram apresentados durante a Cúpula para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ao todo, 193 países, entre eles o Brasil, assinaram o documento em que se comprometiam em perseguir suas orientações até 2030.

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Em que pé estamos 

Desde 2015, os governos têm encontrado dificuldades em cumprir os objetivos e metas estabelecidas. De acordo com a ONU, em 2021, os países registraram retrocessos em vários objetivos, como redução de emissão de gases do efeito estufa, garantia de segurança alimentar e de emprego para suas populações e diminuição de pessoas em situação de rua nos centros urbanos. 

No Brasil, a situação piorou após a pandemia da COVID-19. No ano passado, o país registrou retrocesso em 54% das metas estabelecidas e não avançou de forma satisfatória em nenhuma das 169 metas pactuadas, de acordo com o Relatório Luz da Sociedade Civil sobre a Agenda 2030.

AMAZÔNIA E O CRÔNICO MAL DAS QUEIMADAS

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Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Moradores e bombeiros no noroeste do Brasil estão lutando contra os incêndios que assolam a Amazônia, destruindo terras agrícolas e ameaçando suas casas, em Porto Velho Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Moradores e bombeiros no noroeste do Brasil estão lutando contra os incêndios que assolam a Amazônia, destruindo terras agrícolas e ameaçando suas casas, em Porto Velho Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Rosalino de Oliveira joga água tentando proteger sua casa enquanto o fogo se aproxima em uma área da floresta amazônica, perto de Porto Velho, Rondônia Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Rosalino de Oliveira joga água tentando proteger sua casa enquanto o fogo se aproxima em uma área da floresta amazônica, perto de Porto Velho, Rondônia Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da selva amazônica em Apuí, Estado do Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da selva amazônica em Apuí, Estado do Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS

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Imagem aérea mostra fronteira entre a selva amazônica a área degradada por queimadas a mando de madeireiros e fazendeiros, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Imagem aérea mostra fronteira entre a selva amazônica a área degradada por queimadas a mando de madeireiros e fazendeiros, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Um tamanduá morto é visto em um tronco queimado em uma área da selva amazônica, perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Um tamanduá morto é visto em um tronco queimado em uma área da selva amazônica, perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS

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Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio, em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio, em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encontra tamanduá morto enquanto tentava controlar focos de incêndios, em uma área da selva amazônica perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encontra tamanduá morto enquanto tentava controlar focos de incêndios, em uma área da selva amazônica perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Uma das técnicas de combate às chamas é o aceiro, retirada de faixa de vegetação, por meio da queimada controlada ou manualmente. Quando o incêndio florestal encontra a faixa já degradada perde força pela falta de combustível para se alastrar Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Uma das técnicas de combate às chamas é o aceiro, retirada de faixa de vegetação, por meio da queimada controlada ou manualmente. Quando o incêndio florestal encontra a faixa já degradada perde força pela falta de combustível para se alastrar Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Voluntário acende uma fogueira para criar um aceiro para impedir o progresso de um incêndio iniciado por agricultores que limpam uma área da selva amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Voluntário acende uma fogueira para criar um aceiro para impedir o progresso de um incêndio iniciado por agricultores que limpam uma área da selva amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Ibama bebe água, durante a dura missão de tentar controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica perto de Apuí no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membro da brigada de incêndio do Ibama bebe água, durante a dura missão de tentar controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica perto de Apuí no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS

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Fumaça sobe de um incêndio ilegal na reserva da floresta amazônica, ao norte de Sinop, no Mato Grosso Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Fumaça sobe de um incêndio ilegal na reserva da floresta amazônica, ao norte de Sinop, no Mato Grosso Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Fumaça sobe de um incêndio ilegal na reserva da floresta amazônica, ao norte de Sinop, no Mato Grosso Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Fumaça sobe de um incêndio ilegal na reserva da floresta amazônica, ao norte de Sinop, no Mato Grosso Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Membros da brigada de incêndio e soldados do Exército do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tentam controlar pontos quentes em uma área da selva amazônica perto de Apuí, no Amazonas, Brasil Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membros da brigada de incêndio e soldados do Exército do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tentam controlar pontos quentes em uma área da selva amazônica perto de Apuí, no Amazonas, Brasil Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membros da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) tentam controlar pontos quentes em uma área da selva amazônica perto de Apuí, Estado do Amazonas, Brasil em 10 de agosto de 2020. Foto tirada em 10 de agosto de 2020. REUTERS / Ueslei Marcelino Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS
Membros da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) tentam controlar pontos quentes em uma área da selva amazônica perto de Apuí, Estado do Amazonas, Brasil em 10 de agosto de 2020. Foto tirada em 10 de agosto de 2020. REUTERS / Ueslei Marcelino Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS

Além disso, 16% das metas estão estagnadas e 12,4% delas estão ameaçadas. Entre os problemas levantados pelo relatório, estão o aumento da insegurança alimentar, das desigualdades socioeconômicas e de gênero, além do agravamento de diversos indicadores que já vinham registrando resultados ruins antes da pandemia.

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Alguns exemplos de retrocessos: orçamento do governo para Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), crescimento do desmatamento na Amazônia e no Cerrado e investimento do Brasil na cooperação internacional. 

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As empresas também podem incluir os ODS em seus planos de negócios. Para nortear as ações do setor empresarial, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), a Global Reporting Initiative e a Rede Brasileira do Pacto Global criaram o Guia dos ODS para as Empresas, uma versão brasileira da cartilha internacional que orienta as empresas na implementação dos ODS.

O documento recomenda que as companhias definam prioridades para que possam contribuir de forma mais assertiva com os propósitos e gerar mais impacto.

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Confira uma síntese dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 

01 – Erradicação da pobreza 

Sugere o fim da pobreza extrema até 2030 e redução pela metade da quantidade de pessoas que vivem em situação de pobreza. Para isso é sugerida a criação de medidas e sistemas de proteção para cobertura da população pobre e vulnerável, além de mais acesso a serviços básicos. 

02 – Fome zero e agricultura sustentável 

Além de acabar com a fome até 2030, também propõe a garantia de “alimentos seguros, nutritivos e suficientes”, o fim de todas as formas de desnutrição e o aumento da produtividade agrícola e da renda de pequenos produtores. Há um objetivo colocado já para 2025: atingir metas estabelecidas sobre nanismo e caquexia (grau estremo de fraqueza) em crianças menores de cinco anos de idade. 

 

03 – Saúde e bem-estar 

Prevê, até 2030, a redução de taxas de mortalidade diversas, entre elas a mortalidade infantil, e sugere o fim de epidemias como malária, tuberculose e AIDS, além do combate à hepatite e outras doenças transmitidas pela água. Coloca ainda como meta o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva.

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04 – Educação de qualidade 

A proposta sugere a garantia de igualdade de acesso a ensino de qualidade de forma equitativa, sem distinções sociais ou de gênero. Também propõe que todos os jovens e parcela considerável de adultos estejam alfabetizados e tenham conhecimentos básicos de matemática. A proposta sugere ainda a inclusão de pessoas com deficiência, indígenas e crianças em situação de vulnerabilidade. 

05 – Igualdade de gênero 

Propõe o fim da discriminação contra mulheres, incluindo formas de violência como tráfico, exploração sexual, casamentos forçados e mutilações genitais. Também sugere o empoderamento das mulheres, além de igualdade de oportunidades, de direitos e de participação plena e efetiva na sociedade. 

06 – Água limpa e saneamento 

Indica acesso universal à água potável, ao saneamento e à higiene. Também sugere a melhoria da qualidade da água e a eficiência do uso, com gestão integrada de recursos hídricos. Além disso, propõe apoio a em países em desenvolvimento para programas que envolvam água e saneamento. 

 

07 – Energia limpa e acessível 

Sugere acesso universal a serviços de energia, com ênfase em energias de matriz renovável. Também propõe que se dobre a “taxa global de melhoria da eficiência energética”, com expansão de infraestrutura, especialmente em países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. 

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08 – Trabalho decente e crescimento econômico 

Recomenda, até 2030, um crescimento anual do PIB de pelo menos 7% em países menos desenvolvidos. Sugere também maior diversidade econômica com incentivo a pequenas empresas e propõe a redução substancial de jovens sem emprego. 

09 – Indústria, inovação e infraestrutura

Propõe o aumento da participação do setor industrial no PIB, além de facilitar o acesso a crédito para pequenas e médias indústrias. Também sugere modernização das estruturas já existentes para torná-las mais sustentáveis.

10 - Redução das desigualdades

Indica que o crescimento da renda da população mais pobre seja maior que a média nacional. Também propõe medidas de empoderamento para inclusão social e econômico e política de todos, especialmente populações menos favorecidas, e independente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra situação. Propõe ainda fim de políticas discriminatórias, além de garantia de igualdade salarial. Visa a facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e responsável das pessoas.

11 - Cidades e comunidades sustentáveis

Propõe urbanização de favelas e garantia de habitação e transporte seguros às populações. Também sugere que as cidades sejam mais sustentáveis e inclusivas, com diminuição do impacto ambiental. 

12 - Consumo e produção responsáveis 

Sugere a redução do índice de desperdício de alimentos pela metade, assim como a redução de perdas nas cadeias de produção. Também propõe a diminuição substancial de geração de resíduos e melhorias no manejo de produtos químicos. 

13 - Ação contra a mudança global do clima 

Estimula que os países desenvolvidos cumpram o acordo de disponibilizar US$ 100 bilhões, a partir de 2020, para ações ambientais em países em desenvolvimento, além de capitalizar o Fundo Verde para o Clima.

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14 - Vida na água 

Sugere, até 2020, a conservação de pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas. Também propõe o fim da sobrepesca ilegal e das práticas de pesca destrutivas, além da diminuição de poluição marinha, combatendo acidificação dos oceanos. 

15 - Vida terrestre 

Propõe a conservação dos diferentes biomas existentes, a restauração dos solos degradados e o combate à desertificação. Também sugere “medidas urgentes e significativas” para reduzir a degradação de habitats naturais. Propõe financiamento de formas mais sustentáveis de manejo florestal e apoio ao combate à caça ilegal de animais e extração ilegal de recursos naturais. 

16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes 

Prevê, até 2030, o combate ao crime organizado e a redução de armas ilegais. Também propõe, até essa data, a promoção de identidade legal a todos os cidadãos e igualdade de acesso à justiça. Sugere também o fim de todos os tipos de violência contra crianças. 

17 - Parcerias e meios de implementação 

Sugere parcerias em diferentes âmbitos – finanças, tecnologia, capacitação e comércio – para desenvolvimento sustentável e estabilidade macroeconômica, como mobilização de recursos financeiros, cooperação entre países, sistemas multilaterais.

 

https://oglobo.globo.com/economia/o-que-sao-ods-da-onu-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentaveis-da-agenda-2030-25430662




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