Entrevista com Érico Castro-Costa, estudo avalia mortes por ultraprocessados e mais | Boletim ACT 186

10.11.22


ACT Promoção da Saúde

 

Editorial

O Brasil tem 57 mil mortes por ano ligadas ao consumo de ultraprocessados. Esse número chocante, que ultrapassa o total de homicídios no país, é uma das conclusões de um estudo que acaba de ser publicado no conceituado periódico científico American Journal of Preventive Medicine. A pesquisa foi feita pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) e pela Fundação Oswaldo Cruz, e contou com o apoio da ACT Promoção da Saúde.  Em 2015, um estudo semelhante do Instituto Nacional de Câncer, Fundação Oswaldo Cruz e Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria, também com apoio da ACT, evidenciou a carga do tabagismo para a sociedade brasileira e apontou a importância de se responsabilizar a indústria do tabaco por doenças, mortes e aposentadorias precoces. Para nós, da mesma forma que a pesquisa anterior sobre tabaco, ter dados como esse é uma grande conquista, e esperamos, com ele, fornecer subsídios para políticas públicas de alimentação. 

Outro estudo que nos impressionou foi publicado na revista científica Addiction e teve grande repercussão mundial. Ele relacionou o consumo de bebidas alcoólicas ao desenvolvimento de demência em adultos acima de 60 anos e, ao contrário do que foi divulgado, não recomenda que as pessoas comecem a beber. Este é o tema da nossa Entrevista, que desta vez tem um formato diferente: a psicóloga Ilana Pinsky, que participa do Conselho Consultivo da ACT, conversou com o psiquiatra Érico Castro-Costa, que conduziu a pesquisa, e publicamos essa conversa na íntegra.

Nesta edição, também abordamos o movimento de organizações por mais recursos no orçamento para o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que sofreu cortes injustificáveis por parte da presidência da República. 

Por fim, na seção ACT Legal, trazemos informações sobre o Uruguai, que depois de batalha judicial conseguiu manter a decisão de usar embalagem padronizada de cigarros, de forma a proibir qualquer propaganda e elementos de marcas e empresas, como logotipos.

 

Boa leitura,

Anna Monteiro

Diretora de comunicação


 


 

 

A revista científica Addiction publicou recentemente um artigo sobre a relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o desenvolvimento de demência em adultos com 60 anos ou mais, classificados como idosos. Baseando-se em dados de 15 diferentes estudos feitos em seis continentes, a pesquisa acompanhou mais de 24.000 pessoas por vários anos. Uma das conclusões do artigo é que idosos classificados como bebedores ocasionais (<0,11 doses/dia, ou seja, <1,3 g/dia), bebedores leve-moderados (0,11-2,07 doses/dia, ou seja 1,3-24,9 g/dia) e bebedores moderado-pesados (2,08-3,7 doses/dia, ou seja 25-44,9 g/dia) apresentaram menor risco de demência que aqueles classificados como abstinentes. 

Quase imediatamente esse resultado começou a ser divulgado em meios de comunicação, incluindo mídias sociais, como uma “permissão” para adultos mais velhos beberem diariamente, quase um remédio para evitar a temida demência. Interessantemente, algumas dessas notícias mencionavam bebidas alcoólicas específicas (por exemplo, cerveja), quando o artigo deixava claro que faltava essa informação no banco de dados, e por isso a preferência em classificar o consumo de álcool em gramas por dia ao invés do número de doses por dia. 

Ilana Pinsky, psicóloga clínica, pesquisadora colaboradora do Cetab/ Fiocruz, consultora da Organização Panamerica de Saúde (OPAS) e membro do conselho da ACT, conversou sobre os achados desse estudo com um dos pesquisadores integrantes do Collaborators from the Cohort Studies of Memory in an International Consortium (COSMIC), que produziu a pesquisa, Érico Castro-Costa. O dr. Costa é médico psiquiatra e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento (NESPE), Instituto René Rachou, de Belo Horizonte.

Você é pesquisador de longa data na área de idosos e sua relação com o consumo de álcool. Você poderia nos falar qual é a visão atual dessa área? Idosos bebem muito ou pouco comparado com outros grupos etários? Há diferenças gerais entre homens e mulheres? Como é a situação no Brasil?

Evidências recentes demonstram que o uso de álcool aumentou na população com 60 anos ou mais nas últimas duas décadas, principalmente entre as mulheres, apesar dessa faixa etária ainda beber menos do que os adultos mais jovens. Dados americanos sugerem que aproximadamente 10,7% dos adultos com 65 anos ou mais relatam binge drinking (4 doses ou mais por dia para mulheres ou 5 doses ou mais por dia para homens). Já dados brasileiros recentes demonstraram uma prevalência de 6,7% para binge drinking em participantes com 60 anos ou mais numa amostra representativa da população brasileira.

O consumo excessivo de álcool tem efeitos negativos para a saúde física e mental. Nos idosos, esses efeitos negativos são ainda piores. Isso ocorre porque a metabolização torna-se mais lenta, tornando os idosos muito mais suscetíveis ao álcool do que os adultos mais novos. O consumo excessivo de álcool aumenta o risco de desidratação, muito frequente nessa faixa etária. Além disso, os idosos apresentam muitas doenças clínicas e psiquiátricas que pioram com o uso excessivo do álcool e aumentam o risco de interações medicamentosas indesejáveis.

Qual a relação entre fatores de risco para demência entre adultos e consumo de álcool? 

Em 2020, Livingston e colegas publicaram no The Lancet uma atualização dos fatores de risco modificáveis para demência, acrescentando o consumo excessivo de álcool, traumatismo craniano e poluição do ar. Assim, os fatores de risco passaram dos originais nove (baixa escolaridade, hipertensão, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, inatividade física, diabetes e isolamento social) para 12 fatores.

O interessante desses estudos é que o controle dos fatores de risco pode reduzir ou retardar o aparecimento de 40% dos casos de demência. Além disso, os fatores de risco teriam um período específico de intervenção ao longo do curso da vida.

Assim, no início da vida (early life) a intervenção seria somente na baixa escolaridade. Por outro lado, na meia idade a intervenção seria nos seguintes fatores: deficiência auditiva, traumatismo craniano, hipertensão arterial, consumo de álcool (mais de 21 doses/semana) e obesidade. Finalmente, nos idosos, os fatores de risco a sofrerem a intervenção são tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, poluição do ar e diabetes.

Nesse estudo de Livingston e colegas, os autores demonstraram que o consumo excessivo de álcool está associado a alterações cerebrais, comprometimento cognitivo e demência, um risco conhecido por séculos. Um crescente corpo de evidências está surgindo sobre a complexa relação do álcool com a cognição e resultados de demência de uma variedade de fontes, incluindo coortes detalhadas e estudos baseados em registros em larga escala. 

Por exemplo, um estudo longitudinal francês de 5 anos, feito com mais de 31 milhões de pessoas internadas no hospital, encontrou que os transtornos por uso de álcool (uso nocivo ou dependência, conforme definido na CID, classificação internacional de doenças) foram um dos principais fatores de risco associados ao aumento do risco de demência. A relação de demência com transtornos por uso de álcool foi particularmente clara nas demências de início mais precoce (idade inferior a 65 anos), em que 56,6% tinham transtornos por uso de álcool anotados em seus prontuários.

Como o estudo atual avança metodologicamente em relação a estudos anteriores?

O presente estudo não apresentou as limitações dos estudos anteriores, que foram uma falta de padronização da categorização do consumo do álcool, como definições em termos de 'leve', 'moderado' e 'pesado'. Da mesma forma, no presente estudo, utilizou-se um instrumento harmonizado para todas as 15 coortes analisadas. Mas, principalmente, no atual estudo foi possível a separação dos participantes classificados como “life-time abstainers” (nunca beberam bebidas alcoólicas) e “former drinkers” (pessoas que beberam e agora estão abstinentes). Isso foi muito importante para interpretar os resultados, porque esses dois grupos podem ser muito diferentes e entre as pessoas que já beberam e agora estão abstinentes podem estar indivíduos que pararam de beber porque isso os adoeceu.

Outro avanço do estudo do Addiction de 2022 é que os grandes estudos que avaliaram a relação álcool-demência foram baseados em amostras de países de alta renda. Entretanto, no presente estudo, foi possível a avaliação de dados de países em desenvolvimento, como o Brasil, e de baixa renda, como o Congo. 

Apesar disso, o presente estudo ainda apresenta algumas limitações. O uso de álcool foi avaliado pelo autorrelato, que é propenso a subnotificação (as pessoas podem beber mais do que dizem que bebem). O tipo de bebida não foi avaliado de forma consistente em todas as coortes e, portanto, não pode ser considerado. O viés do sobrevivente saudável (ou seja, pessoas que já não eram muito saudáveis e que podiam ser consumidores de álcool podem já ter falecido, deixando uma maior quantidade de pessoas idosas já mais saudáveis por definição) também pode ter impactado os achados atuais, particularmente pela idade média das coortes (mais de 71 anos de idade). Por último, os estudos realizados no Congo e no Brasil não apresentaram poder suficiente para investigar a relação do álcool, assim estudos futuros são necessários para a melhor compreensão da relação álcool-demência em países de baixa e média renda.

O que os resultados desse estudo significam no dia a dia? 

O estudo aponta que entre pessoas com mais de 60 anos, que bebem moderadamente, a redução do consumo não é o principal fator de risco para a demência. O achado precisa ser avaliado junto com as evidências de neuroimagem que sugerem que mesmo níveis baixos de uso de álcool são associados a uma pior saúde cerebral, bem como a relação dose-resposta entre o uso de álcool e outros desfechos de saúde, incluindo alguns cânceres. 

Por estas razões, aconselhar aqueles que atualmente se abstêm para começar a beber não é recomendado, certo?

Entre os atuais bebedores, o uso de álcool não parece ser um fator de risco consistente para demência, embora essa relação varie entre os continentes e não pôde ser examinada entre os bebedores mais pesados (porque havia poucos deles na amostra). 

De qualquer forma, outros estudos já haviam demonstrado a importância da intervenção no consumo excessivo do álcool e no transtorno do uso de álcool para a redução das alterações cognitivas do idoso. 

Pelo o que você saiba, algum dos autores do estudo tem conflito de interesse com a indústria do álcool?

Nenhum dos pesquisadores tem conflito de interesse com a indústria do álcool. São pesquisadores da epidemiologia que conduzem grandes estudos para compreender melhor a relação de inúmeros desfechos com o envelhecimento. 

 


 

 

Ultraprocessados causam 57 mil mortes por ano no Brasil

Um grupo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) estimou o número de mortes de pessoas entre 30 e 69 anos atribuíveis ao consumo de ultraprocessados no Brasil, por ano: 57 mil, o que representa mais de 10% de todas as mortes nesta faixa etária, e 21,8% das mortes atribuíveis às doenças crônicas não transmissíveis. 

 

Estudo: consumo de ultraprocessados provoca 57 mil mortes por ano no Brasil  - 07/11/2022 - UOL VivaBem

 

Esse é o primeiro estudo a analisar o impacto dos ultraprocessados no risco de morte prematura no Brasil, e também demonstra que, se houver redução de 10% a 50% no consumo de ultraprocessados, seria possível prevenir entre 5.900 e 29.300 mortes por ano no país.

Como destacamos na apresentação do estudo, uma das principais razões para números tão expressivos é que “os ultraprocessados estão ficando cada vez mais baratos, mais acessíveis e mais disponíveis e, além de serem vetores de doenças crônicas, tem sido a principal, ou muitas vezes, a única opção para a população de baixa renda, em insegurança alimentar e com acesso precário ao sistema de saúde”. 

O artigo “Premature Deaths Attributable to the Consumption of Ultraprocessed Foods in Brazil” tem como autor principal o epidemiologista Eduardo Nilson e contou com apoio da ACT Promoção da Saúde.  


 

DCNTs em exposição no metrô

A ACT continua com a parceria bem-sucedida com a Via Mobilidade, administradora de várias linhas de metrô e trem em São Paulo. Em novembro, está sendo realizada uma exposição sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e seus fatores de risco na estação Carapicuíba, da linha Diamante. O movimento Todos Juntos Contra o Câncer, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), a Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil) e o Fórum DCNTs assinam a campanha junto com a ACT.

 

 

A exposição aborda o tabagismo, a alimentação inadequada, a poluição do ar, o sedentarismo, o consumo abusivo de álcool e a exposição ocupacional, fatores de risco para várias DCNTs, e também algumas datas em novembro que fazem alusão a esse grupo de doenças: o Dia Mundial do Diabetes (14/11), o Dia Nacional de Combate ao Câncer (27/11) e o Novembro Azul (mês de conscientização da saúde do homem e prevenção ao câncer de próstata).

 

Mais recursos para a alimentação escolar 

O Congresso Nacional pode aprovar um reajuste de 34% nos recursos federais destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que alimenta milhões de estudantes de escolas públicas, em todos os estados brasileiros. Esse reajuste, que apenas repõe a inflação dos últimos quatro anos, já tinha sido aprovado pelos parlamentares, mas como o presidente Jair Bolsonaro o vetou, os congressistas precisam derrubar o veto para que o reajuste passe a valer no ano que vem. 

 

 

Integrantes do Observatório de Alimentação Escolar (ÓAE) estão buscando diálogo com parlamentares e insistindo sobre a importância do tema - e a quantidade de assinaturas na petição é uma das formas de sensibilizá-los. Assine aqui. 


 

Congresso de Cardiologia

Entre os dias 13 e 15 de outubro, Mônica Andreis, diretora geral da ACT, participou dos Congressos Brasileiro e Mundial de Cardiologia, realizados no Rio de Janeiro. Em sua participação, Mônica falou sobre os novos desafios para o controle do tabaco, especialmente o uso de cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, nos painéis Evolução e táticas da indústria do tabaco: lições aprendidas para o controle do tabaco e doenças não comunicáveis e Desafios mais antigos e mais recentes para o avanço do controle do tabaco.

 

Cardiologia | Arium Tradição em Medicina

 

No evento, também houve uma reunião da ACT com o presidente da World Heart Federation e com a direção da InterAmerican Heart Foundation.

 

11º Encontro do Fórum DCNTs

A ACT participou do 11º Encontro do Fórum Intersetorial para Combate às DCNTs no Brasil (Fórum DCNTs), em São Paulo, no último dia 21.  O evento promoveu discussões sobre a agenda e o contexto das DCNTs no Brasil com participação de representantes da sociedade civil, do governo e do setor privado. Além disso, também foi comemorado o quinto aniversário do Fórum.

 

 

Mônica Andreis, diretora geral da ACT, falou sobre conflitos de interesse e estratégias para preveni-los no painel Resposta Intersetorial ao desafio das DCNTs no Brasil: como, por que e riscos. Marília Albiero, coordenadora da ACT, também teve uma fala sobre alimentação adequada e saudável.

 

 

 

O Blog da ACT destacou, em outubro, a campanha Fortalecer o SUS, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que mostra as conquistas e o reconhecimento internacional do sistema, mas também enfatiza a necessidade de maiores investimentos.

Outro tema levantado pelo Blog foi a decisão que confirmou a cobrança de créditos tributários a empresas do sistema Coca-Cola. No total, elas deverão pagar mais de 40 milhões de reais aos cofres públicos. A ACT atuou no processo como amicus curiae.

 

Coca-Cola

 

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde também lançou o relatório Invisible Numbers, que fala sobre a extensão das doenças crônicas não transmissíveis no mundo e maneiras de lidar com o problema - principalmente por meio de políticas públicas. Além do relatório, também foi lançada uma página dedicada à prevalência de DCNTs e dados sobre os principais fatores de risco em vários países do mundo. No Blog, mais informações são dadas sobre ambos os lançamentos.

Por fim, Rosa Mattos, da equipe de Comunicação da ACT, escreveu sobre o Congresso Brasileiro de Nutrição (Conbran 2022), que voltou a ter uma edição presencial e contou com a participação de várias organizações parceiras da ACT, incluindo a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e muitas outras.


 

 

Justiça uruguaia mantém embalagens padronizadas e rotulagem em cigarros

Por Adriana Carvalho e Thalita Dias

A Justiça uruguaia determinou, em 19 de outubro de 2022, a suspensão do decreto 282/022, do Poder Executivo, que flexibilizava a padronização da embalagem padronizada de cigarros para permitir o uso de logotipos das respectivas marcas, em uma ação judicial proposta pela Sociedade Uruguaia de Tabaco (SUT).  

Com essa decisão, continua proibida qualquer propaganda e elementos da marca nas embalagens de cigarro, como o logotipo da marca e do fabricante.

O Uruguai é o único país na América Latina a adotar a padronização de embalagens de cigarro, o que ocorreu no final de 2019. Essa é uma importante medida para o controle do tabaco, que conferiu destaque ao país no cenário internacional. A Austrália foi o primeiro país a adotar a medida. Atualmente, 19 países adotam as embalagens padronizadas, que seguem um padrão definido pelo poder público sobre a forma, cores e modo de abertura, sem logotipos e elementos promocionais.

 

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Em setembro de 2022, esse avanço havia sofrido um revés com o decreto do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, autorizando as marcas a voltarem a usar seu logotipo nas embalagens dos cigarros e no interior de suas caixas.

A sentença que suspendeu o revés enfatiza que “a legislação uruguaia está harmonizada com as disposições da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que estabelece como eixo da proteção à saúde, a proibição total de publicidade, promoção e patrocínio de produtos de tabaco e a embalagem ou rotulagem de desenho neutro, ou genérico.”

O Poder Executivo pode apelar dessa decisão, mas vale lembrar que a Suprema Corte do Uruguai reconheceu a constitucionalidade da medida em 10 de novembro de 2010, o que certamente favorecerá a sua vigência.

Para saber mais: Advertências Sanitárias e Embalagens Padronizadas | ACT BR


 

 

Brasil tem 57 mil mortes por ano devido ao consumo de ultraprocessados, estima pesquisa

O Joio e O Trigo, 07/11/22

Brasil tem 57 mil mortes por ano devido ao consumo de ultraprocessados, estima pesquisa. Número é maior do que o total de homicídios no país; se consumo brasileiro desses produtos chegar ao patamar dos Estados Unidos, serão quase 200 mil mortes prematuras anuais.

 

Rótulo de alimentos passa a ter alerta de excesso de açúcar, sódio e gordura

Folha de S. Paulo, 08/10/22

As embalagens de alimentos industrializados ganharão uma nova rotulagem, com alertas sobre produtos com altos índices de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio. Esses nutrientes estão associados ao aumento de casos de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as cardiovasculares, o diabetes e diversos tipos de câncer.

 

'Pandemia só chegará ao fim se tivermos vigilância ativa'

Folha de S. Paulo, 03/10/22

Parafraseando o escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna (1927-2014), o médico pernambucano Jarbas Barbosa da Silva Júnior, 65, eleito o novo diretor-geral da Opas (Organização Pan-americana de Saúde), se diz um "realista esperançoso" quando questionado sobre os rumos da saúde brasileira após as eleições presidenciais desse domingo (2).

 




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