Campanha joga luz na indústria de ultraprocessados, manifesto pela reforma tributária 3S, entrevista com diretor-geral do Inca e fatores de risco de câncer. Boletim 190.

10.04.23


ACT Promoção da Saúde

 

Editorial

Você sabe que doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, relacionadas ao consumo de ultraprocessados, representam sete das dez principais causas de morte no mundo? Ou que as gigantes do setor recebem bilhões em incentivos fiscais enquanto fazem lobby para inserir seus produtos em escolas? Essas são algumas das questões levantadas na campanha Verdades Difíceis de Engolir, uma parceria da ACT e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec, que joga uma luz nas práticas ocultas da chamada Big Food e Big Soda para interferir em políticas públicas de alimentação para evitar perder mercado e garantir seus lucros. Nada muito diferente do Big Tobacco e suas estratégias documentadas ao longo de décadas, que o tornaram conhecido como "pai de todo o negacionismo" e que vem sendo usadas pelas demais indústrias. É possível ver que, nas empresas de bebidas alcoólicas, a lógica é a mesma.   

A campanha atual da ACT e do Idec é baseada em estudos que confirmam que produtos ultraprocessados estão relacionados a doenças e a 57 mil mortes prematuras por ano no Brasil. Apesar dessas evidências, eles continuam mais baratos que alimentos frescos e naturais. É para corrigir esse tipo de distorção que lançamos propostas e recomendações para a reforma tributária que está em discussão no Congresso Nacional.  

Arrecadar de forma mais sustentável e socialmente justa, com investimentos na saúde, é um dos objetivos das organizações que se uniram à ACT pela reforma tributária e assinaram um manifesto, entregue a parlamentares envolvidos na discussão do tema. 

O novo diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer, Roberto Gil, conversou com a ACT e abordou os fatores de risco para alguns tipos de câncer relacionados aos fatores de risco como tabaco, álcool e ultraprocessados. A política nacional de controle do tabagismo tem sido bem-sucedida e um dos exemplos é que os casos de câncer de pulmão, que antes lideravam as estimativas, passaram para terceiro lugar. Já o câncer de intestino está tendo suas notificações aumentadas, assim como os relacionados ao consumo de álcool. Ele alerta para a necessidade de usar o modelo do controle do tabagismo para os demais fatores.

Boa leitura, 

Anna Monteiro

Diretora de Comunicação

 


 

 

O oncologista clínico Roberto Almeida Gil, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer, conversou com a ACT sobre as prioridades e a visão do enfrentamento ao câncer adotada pela nova administração. Ele é membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) desde 1981, um dos fundadores do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), membro da American Society of Clinical Oncology e da European Society of Medical Oncology.  

 

Quais são as perspectivas da sua gestão à frente do INCA?

Assumir o Inca é sempre um desafio, mas a gente quer integrar, quer transversalizar o Inca. O que isso quer dizer? A gente tem hoje compromisso com a assistência, com a pesquisa, com o ensino e um compromisso muito importante com a prevenção e a vigilância do câncer, né? Essas coordenações não podem ser isoladas. Têm que estar integradas no sentido de construção de uma linha de cuidados do câncer que atinge todas as fases. O que acontece hoje? Se a gente olhar só para o processo final da doença, na metástase, a gente vai ter um custo financeiro muito grande e pouca efetividade. A gente tem que tentar de alguma forma trazer a preocupação e o conhecimento para as fases iniciais da doença, tanto na prevenção como no diagnóstico precoce. Para gente fazer isso, a gente precisa primeiro formar bem os médicos com essa orientação. Por isso, o ensino nos é tão caro. E a gente precisa investir em pesquisa. Pesquisas de todos os tipos. Não só a da doença avançada, mas a pesquisa também epidemiológica, a que a gente pode ter de melhores métodos diagnósticos precoce, de tratamentos nos momentos iniciais da doença. Então, a gente tem que estar integrando todos esses setores para ter um resultado melhor e que a gente possa conseguir, com os recursos que a gente tem, um melhor desempenho.

 

Então, quais os principais projetos na área de prevenção, já que é um dos principais focos, né?

Primeiro, a gente quer reenfatizar a nossa questão do tabagismo. É um ótimo indicador de como investir em prevenção é importante. Por quê? Quando eu comecei a estudar, há muito tempo, o câncer de pulmão era a principal causa de mortalidade por câncer e hoje já é a terceira. Isso foi em função de uma luta muito bem estruturada, na qual o Inca e o Brasil foram vanguardas. Então, isso mostra a capacidade de impacto que a gente tem. Não negamos que a imunoterapia ou os agentes alvo-moleculares são importantes na doença avançada, mas quando a gente consegue diminuir a prevalência das pessoas fumantes, nós conseguimos um impacto epidemiológico muito maior, os indicadores melhoram muito. 

A gente tem um sério problema hoje que é a questão da obesidade. O ganho de peso é crescente e ele é cada vez mais precoce. As nossas crianças estão ficando obesas por ingestão de ultraprocessados, por modificações de hábitos alimentares e o investimento que temos que fazer hoje na questão da educação nutricional tem que ser muito grande. O impacto disso também ocorre numa série de tipos de tumores.  

Então, hoje estamos associando mais essas lutas. A gente tá associando a questão do tabagismo com as outras questões e a nutrição é uma questão muito significativa. Hoje combatemos  a fome ao mesmo tempo que a obesidade, buscando educação nutricional. Esse é um tipo de medida que podemos fazer. Também estamos lançando programas de prevenção de câncer de colo uterino. Quando conseguirmos, através de vacinação, de um rastreamento melhor, detecção de lesões precursoras e tratamento melhor das fases iniciais, certamente vamosi poder tirar as tristes estatísticas de mortalidade por uma doença totalmente prevenível. Então, eu acho que são exemplos de medidas que podemos fazer, podemos interferir.

 

O câncer de pulmão passou do primeiro ao terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil. Podemos atribuir essa conquista ao Programa Nacional do Controle e Tabagismo?

Sim, e além dessa questão, o tabagismo trouxe uma consciência da necessidade de discussões multilaterais. Então, a Conicq (Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco) foi muito importante nisso. Quando todos os atores envolvidos numa questão são reunidos, você consegue buscar todos os lados do problema, sendo multifatorial, e consegue chegar a um programa mais efetivo. Por exemplo, eu não posso falar de parar a produção do tabaco sem desenvolvimento de formas alternativas de agricultura. Precisamos associar isso porque aquele trabalhador precisa trabalhar. É uma questão que envolve o Ministério da Agricultura, nas cadeias produtivas que a gente vai ter que desenvolver, e o Ministério da Educação, para conseguir absorver esses alimentos e mudar a merenda escolar. Por isso é tão importante hoje que a gente tenha, no exemplo da Convenção-Quadro do Controle do Tabagismo, a possibilidade de desenvolver isso em outras áreas onde a prevenção do câncer é significativa.

 

O câncer de intestino vem tendo mais notificações. Aqui se deve esse aumento e o que pode ser feito para prevenir essa doença?

Olha, o que vem preocupando a gente, como eu falei anteriormente, é a obesidade infantil. Se mais precocemente eu tomar contato com agentes cancerígenos e com modificações da dieta, o câncer, naqueles 20 anos,  vai se manifestar mais precocemente também. As mutações vão se acumulando ao longo dos anos e claramente estamos vendo isso. A idade que nós preconizamos antes para início de qualquer registro de câncer era aos 50 anos. Hoje a gente tá vendo que tem que diminuir para 45 e até para 40.

A prevenção que podemos fazer, primeira e fundamentalmente, é a mudança dos hábitos alimentares, educação nutricional. A segunda, e muito importante, é o combate ao sedentarismo, os exercícios físicos. O impacto e a dimensão que isso tem são enormes. Não é um exercício de retórica. São construções reais de você diminuir a incidência. Claro que nós temos que conseguir capacidade de rastreamento. É mais difícil, a organização disso não é fácil. Temos  que buscar hoje dar os primeiros passos e não colocar o padrão ouro, inatingível neste momento para a realidade brasileira. Mas a gente pode sim começar a ter desenvolvimento de pesquisas de sangue oculto, talvez usar o exame de retossigmoidoscopia flexível, mas temos que buscar de alguma forma evitar o diagnóstico só em fases avançadas, porque, como falei, é muito dispendioso e muito menos efetivo.

 

Em relação ao álcool, há mais casos de câncer relacionados a esse fator de risco? O que pode ser feito para prevenir?

Eu diria que o álcool, junto com o tabaco, são agentes cancerígenos há muito tempo conhecidos, mas a gente negligenciou um pouco a questão do álcool. Não temos a cultura dos malefícios do álcool que temos em relação ao tabaco. A gente sempre pensa no grande consumo de álcool, mas sabe que quantidades que consideradas relativamente pequenas também contribuem para o desenvolvimento para uma série de tipos de câncer, de boca, de esôfago, de estômago, de intestino, de pâncreas, que são cânceres de grande incidência. Então, temos que buscar também processos de redução.

Hoje a gente vê jovens cada vez mais sendo incentivados ao consumo de produtos alcoólicos. À questão das gradações do teor alcoólico das bebidas, também temos que estar mais atentos, porque a gente acaba fazendo uma regulação que a minimiza, como se fosse menos problemático beber um determinado tipo de bebida em relação a outros. Claro que o teor alcoólico também vai ser significativo, mas todos eles têm que ser regulados. Acho que temos que olhar para isso da mesma forma que a gente olhou para o tabaco e tem que tentar, primeiro, criar a cultura na sociedade de que isso é uma questão para a saúde e que temos  que enfrentar se qiseremos ter mais saúde, viver mais e termos mais felicidade. 

 


 

 

Verdades difíceis de engolir

Este é o título da segunda fase da campanha digital da ACT Promoção da Saúde e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec, com o objetivo de chamar a atenção para as estratégias adotadas pelas grandes empresas do setor alimentício, as chamadas Big Food e Big Soda, para incentivar o consumo de ultraprocessados. 

 

Uma das peças principais é um vídeo de um minuto que mostra as incoerências entre discurso e prática dessas empresas, que seduzem o consumidor com propagandas atraentes, mas escondem o impacto do consumo de seus produtos na saúde da população.  Os prejuízos se estendem também à economia, devido aos gastos com saúde pública para tratar doenças crônicas não-transmissíveis, como diabetes e hipertensão, além das isenções  fiscais. Destaca, ainda, a importância da adoção de políticas públicas para prevenir as DCNT e a  criação de mecanismos que evitem a interferência da indústria em políticas de alimentação.  

Para acompanhar e participar, acesse o site naoengulaessa.org.br e as redes sociais:

Instagram: https://bit.ly/DificilEngolirIG

Facebook: https://bit.ly/DificilEngolirFB

 

 

Por que comer bem é caro?

Estudos recentes não deixam dúvidas de que produtos ultraprocessados estão relacionados a doenças e a 57 mil mortes prematuras por ano no Brasil. Mesmo assim, é mais barato comprar um refrigerante ou macarrão instantâneo do que frutas ou verduras. O Ciência Suja apresentou o porquê disso no terceiro episódio de sua pré-temporada.

 

O episódio contou com a engenheira química Marília Sobral Albiero, coordenadora do programa de Alimentação Saudável da ACT; Leandro Rezende, epidemiologista da Universidade Federal de São Paulo (a UNIFESP), e Eduardo Nilson, biólogo e pesquisador da Fiocruz. Ambos são do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Nupens, e autores do estudo sobre mortes atribuíveis aos ultraprocessados.

 

 

Manifesto por uma reforma tributária 3S

Mais de 70 organizações da sociedade civil, entre elas a ACT Promoção da Saúde, prepararam um manifesto pela Reforma Tributária 3S: Saudável, Solidária e Sustentável, que foi entregue em 28 de março aos relatores da reforma tributária, os deputados Aguinaldo Ribeiro e Reginaldo Lopes, em ato simbólico na Câmara dos deputados. 

 

 

O manifesto convoca parlamentares e integrantes do governo a considerarem a reforma tributária como uma oportunidade para proteger o meio ambiente, a saúde da população e para corrigir parte das graves desigualdades e distorções do atual sistema tributário. As propostas contidas no documento visam desincentivar o consumo e a produção de produtos que causam males à saúde e ao meio ambiente, e tornar mais progressivos os impostos sobre renda e patrimônio, ou seja, pessoas que têm mais poder aquisitivo e bens paguem mais que as que não têm.

Realizado pela ACT Promoção da Saúde com apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec, o estudo é a 3ª parte da série "Por que a comida saudável está longe da mesa dos brasileiros"?, e traz caminhos  com vistas a contribuir com a redução dos preços e ampliação do acesso à alimentação saudável  pela população, sobretudo a de mais baixa renda e especialmente neste momento de discussão da Reforma Tributária.

 

Publicidade infantil no Brasil 

Com objetivo de democratizar a informação a respeito da ilegalidade da publicidade infantil no Brasil, ACT Promoção da Saúde, o Instituto Alana e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec acabam de lançar o livro “Publicidade infantil é ilegal no Brasil”, com um webinar reunindo especialistas da área de direito, organizado pelo Migalhas.

 

 

Partindo da defesa do direito da criança ser protegida contra toda forma de exploração comercial, faz uma análise do tema no ordenamento jurídico brasileiro e reúne precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, em que reconhecem a abusividade da publicidade dirigida à infância. 

Outro ponto de destaque é a publicidade de alimentos ultraprocessados e o impacto na saúde das crianças. O texto reúne dados recentes sobre obesidade infantil, e recupera posicionamentos e resoluções da Organização Mundial de Saúde, da Organização Panamericana de Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que reconhecem que as estratégias de marketing de produtos não saudáveis voltadas para crianças e adolescentes é uma questão de saúde pública.

 

Parceiros do tabaco se reúnem no Rio 

Pesquisadores,  servidores da saúde pública e sociedade civil organizada participaram da reunião de Parceiros do Controle do Tabaco, organizada pela ACT, em 21 e 22 de março, no Rio de Janeiro. O objetivo é atualizar sobre as políticas e buscar soluções com base em um diálogo amplo pautado pelo interesse público. 

 

 

A coordenadora regional da Organização Pan-Americana da Saúde, Elisa Prieto, reafirmou a importância dos países estarem preocupados com o produto que gera doenças e perdas a mais 400 famílias por dia. A pesquisadora Vera Luíza da Costa e Silva, do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fiocruz, observou como os determinantes comerciais da saúde acabam sendo mais fortes que os demais no caso do tabagismo e ainda comentou sobre os vários pontos de intersecção do tabaco com outros problemas sociais. O recém-empossado diretor do Instituto Nacional do Câncer, Roberto Gil, comentou a respeito do alto custo do tratamento de câncer para a pessoa acometida pela doença e para o sistema de saúde. Por isso, o investimento em prevenção sai mais barato e é fundamental.

Duas questões atravessaram todo o debate: a necessidade de medidas econômicas, como a tributação de produtos de tabaco, a política de preços e impostos e o enfrentamento do contrabando com base nas recomendações internacionais, e os desafios dos dispositivos eletrônicos para fumar, que ameaçam sobretudo a saúde dos jovens. 

 

Jogando Sujo – O greenwashing da indústria do tabaco

O tabaco também causa impacto ecológico significativo ao longo de todo o ciclo de vida de um cigarro, desde o desmatamento até o uso de água e descarte..Mas algumas das grandes empresas de cigarro foram elogiadas por seu compromisso com a sustentabilidade. Então, como as empresas podem se apresentar como guardiãs do meio ambiente?  A Stop fez parceria com a Organização Mundial da Saúde e com a Secretaria da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco para expor o greenwashing, a tática de desinformação usada pelas organizações para apresentar uma imagem ambientalmente responsável. 

 

Todos os anos, 32 milhões de toneladas de folhas de tabaco são cultivadas para produzir cerca de seis trilhões de cigarros, com uma emissão e uso de mais de 80 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente. O dano mais visível são as cerca de 4,5 trilhões de pontas de cigarro que são descartadas a cada ano em todo o mundo, liberando toxinas  Uma pesquisa da Truth Initiative mostra que os produtos químicos de uma única ponta de cigarro, embebida por 24 horas em um litro de água, liberam toxinas suficientes para matar 50% dos peixes de água salgada e de água doce expostos a ela por 96 horas. 

 


 

 

O Blog da ACT destacou, em março, como temas discutidos pela ACT têm interface com diversas áreas do conhecimento. O artigo Empoderamento feminino, mas só até a página dois trata de projetos de empresas que produzem bebidas adoçadas que saem muito bem na foto, mas a verdade dos bastidores é que essas empresas continuam contratando majoritariamente homens. Também compartilhamos o artigo Justiça fiscal, receita para garantir comida no prato de todos , que mostra a oportunidade que a Reforma Tributária pode oferecer para enfrentar a fome. A retomada de colegiados estratégicos para a saúde foi tema de Consea e Conicq: o retorno dos espaços de discussão de políticas. Os 20 anos dos documentos internos da indústria do tabaco tiveram destaque, mostrando a importância de revelar a manipulação de políticas públicas. No artigo Ainda sai fumaça (e vapor) das telas,  apresentamos dados novos da Stop e da Truth Initiative, que estão de olho nos mecanismos sorrateiros do tabaco, como o de usar o cinema (e o audiovisual) para “manter o tabaco na cabeça” das pessoas.

 

 

MonitorACT

A edição 17 do MonitorACT traz artigos sobre as estratégias das empresas fabricantes de produtos nocivos para conquistar novos consumidores. 

Em Bebida alcoólica sem álcool, refrigerante sem açúcar, barrinha para bebedeira. E funciona?, você encontra uma análise a respeito da nova onda do mercado de bebidas açucardas e alcoólicas, incompatível com as consequências de seus produtos: uma vida mais saudável. No texto O poder de atração dos aditivos para viciar novos consumidores, as autoras seguem na questão das substâncias adicionadas nesses produtos para viciar. A melhoria da imagem da empresa é o foco de Sankofa: a cerveja da Ambev e o provérbio ganês, artigo que mostra a nova marca da empresa, que usa a ancestralidade africana para vender. Mudanças estruturais para valer, não vemos.

 


 

 

Estudo derruba crença de que consumo de vinho protege contra doenças do coração

Correio Braziliense, 4/4/23

Por muito tempo, prevaleceu a crença de que tomar uma ou duas doses de vinho diariamente faz bem ao coração. Mas, agora, um artigo com dados de 5 milhões de pessoas afirma que o hábito não protege contra enfermidades cardiovasculares nem ajuda a viver mais. 

 

Marketing do cigarro eletrônico avança nas redes sociais

Folha de S. Paulo, 26/3/23

Pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde e IBGE em 2008 aponta que 80% dos fumantes brasileiros começaram a fumar antes dos 19 anos de idade e 20% com menos de 15 anos. No Brasil, restrições à publicidade de tabaco são previstas em lei desde 1996 e foram aperfeiçoadas pela lei 12.546/2011. 

 

Câncer de intestino vira preocupação entre jovens e adultos; conheça os sintomas

Folha de S. Paulo, 24/3/23

Num estudo publicado em março pela American Cancer Association, pesquisadores estimaram que o número de diagnósticos de câncer colorretal nos Estados Unidos em 2023 chegará a 153 mil. Cerca de 13% desses casos serão de pessoas com menos de 50 anos, o que representa um aumento de 9% dos casos nessa faixa etária desde 2020.

 

Mulheres, fumantes e pessoas acima de 40 anos têm maior risco de desenvolver Covid longa

Folha de S. Paulo, 23/3/23

Um novo estudo apontou os riscos associados ao desenvolvimento de sintomas da chamada Covid longa. Entre eles estão ser do sexo feminino (56% maior), ter idade entre 40 e 69 anos (21% maior) e ser fumante (10%). Outras comorbidades, como a imunossupressão (50%), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC; 38% maior) e doença isquêmica do coração (28%) também estiveram associadas ao maior risco de aparecimento dos sintomas.

 


 

Boletim 190

Diretoria: Mônica Andreis (Diretora Geral), Paula Johns  (Diretora Executiva), Anna Monteiro (Diretora de Comunicação), Daniela Guedes (Diretora de Campanhas e Mobilização), Fabiana Fregona (Diretora Financeira), Adriana Carvalho (Diretora Jurídica)

Editoração: Anna Monteiro

Redação: Anna Monteiro, Emily Almeida e Rosa Mattos

Mídias sociais: Victória Rabetim

Direção de arte: Ronieri Gomes




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